Principal equipe da Fórmula 1 na atualidade, a Mercedes sofreu um assalto na saída do Autódromo de Interlagos, na noite desta sexta-feira (10), após a realização dos dois primeiros treinos livres do GP do Brasil. Uma van do time alemão foi abordada por criminosos, que levaram “itens valiosos” dos integrantes do veículo, na zona sul de São Paulo.
Campeão da temporada da Fórmula 1, o inglês Lewis Hamilton lamentou nas redes sociais o assalto sofrido por integrantes da sua equipe, a Mercedes, na saída do Autódromo de Interlagos, na noite desta sexta-feira, em São Paulo. “Isso acontece todo ano aqui”, reclamou o piloto, que pediu providências das autoridades.
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Segundo Hamilton, membros do time alemão tiveram armas apontadas para a cabeça e foram ameaçados com tiros. “Algumas pessoas da minha equipe foram ameaçadas por armas na noite passada, quando deixavam o autódromo aqui no Brasil. Foram disparados tiros e as armas foram apontadas para a cabeça deles. Isso é decepcionante de saber. Por favor, rezem por esses colegas que estão aqui como profissionais hoje, mesmo abalados”, escreveu o inglês nas redes sociais.
Sem feridos
A assessoria de comunicação da Mercedes não revelou quais “itens valiosos” foram roubados. Mas informou que ninguém ficou ferido na ação. A equipe não acionou a polícia após o episódio, que assustou membros do time alemão. Neste sábado, as vans da Mercedes receberam escolta policial no trajeto do hotel até Interlagos.
A ação aconteceu por volta das 20 horas de sexta-feira, nas proximidades da Avenida Interlagos. Um veículo interrompeu a passagem da van da Mercedes e o assalto foi anunciado. A equipe não confirmou quantos integrantes foram roubados. Outra van, da Williams, estava por perto, mas não foi abordada pelos assaltantes.
Logo atrás, vinha um veículo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Como a van era blindada, saiu rapidamente e evitou qualquer perda material. Dentro do veículo, estava o assessor de imprensa da entidade, o italiano Matteo Bonciani, que revelou não ter havido maior risco na ação.
Acostumado a frequentar Interlagos há anos, Bonciani disse que foi a primeira vez que passou medo no Brasil. Mas preferiu minimizar o episódio. “Eu moro em Paris e essas coisas também acontecem lá”, disse o italiano, já recuperado do susto. Nos últimos anos, houve registros de outros assaltos a equipes e pilotos da F-1 nas proximidades de Interlagos.
O assalto à Mercedes motivou o chefe da equipe, Toto Wolff, a se reunir com o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi. Eles tomaram café da manhã no box da equipe alemã, na companhia do austríaco Niki Lauda, tricampeão da Fórmula 1 e um dos dirigentes da Mercedes.