Pneu cria novo obstáculo
Ter um acerto que funcione bem para a classificação, mas que não comprometa a durabilidade dos pneus na corrida será a prioridade das equipes neste final de semana em Cingapura. Em uma prova ganha pelo pole position em três das quatro edições realizadas até aqui na primeira, em 2008, Fernando Alonso venceu ajudado pelo Safety Car provocado pelo companheiro Nelsinho Piquet, em um resultado arranjado a importância da posição no grid é clara. Porém, um alto desgaste pode comprometer a estratégia, uma vez que a perda de tempo com paradas nos boxes é uma das maiores do campeonato, por volta de 25s.
Para obter esse equilíbrio, é fundamental acertar o carro de modo que os pneus funcionem em conjunto, algo que tem sido particularmente difícil em Cingapura. "A grande dificuldade é colocar os pneus de trás e da frente na temperatura ideal ao mesmo tempo. Aqui, os de trás estão esquentando muito rápido, então temos que achar este equilíbrio", explicou. "Esta será a grande batalha do fim de semana e o segredo para ir bem na corrida."
Dos seis pilotos que brigam diretamente pelo Mundial de Fórmula 1 em 2012, cinco têm motivos para ficar com a pulga atrás da orelha neste GP de Cingapura. Tanto a McLaren de Lewis Hamilton e Jenson Button, quanto a Renault, que equipa a Red Bull de Sebastian Vettel e Mark Webber e a Lotus de Kimi Raikkonen, vão à pista de Marina Bay no treino de classificação, a partir das 10 h, sem saber se podem confiar 100% em seus carros. Em outras palavras, entre os ponteiros na tabela, apenas o líder Fernando Alonso não viu sua Ferrari quebrar nos primeiros 13 GPs.
A McLaren e a Renault ainda não compreenderam totalmente os problemas que fizeram Button e Vettel abandonarem no GP da Itália, há duas semanas. No caso da primeira, uma falha na alimentação de combustível com causa desconhecida. "É uma experiência muito incomum. O que sabemos é que havia 50 kg de combustível no carro, mas ele não estava onde queríamos, ou seja, sendo injetado para o motor", afirmou o chefe da equipe, Martin Whitmarsh.
Curiosamente, o sistema de alimentação do combustível é o mesmo usado desde 2008. "Não lembro da última vez nos últimos anos em que não conseguimos resolver [um problema]. O sistema de combustível tem um desenho que não tem sido mudado há cinco anos e é muito complexo."
Mas nada se compara à preocupação dos times equipados pelo motor Renault. Desde junho, ocorreram pelo menos cinco falhas no alternador, que atingiram os carros da Lotus, da Red Bull e até o modelo usado pela Pirelli para testar os pneus. Depois das duas primeiras quebras, que acabaram com as corridas de Romain Grosjean e Vettel em Valência, a montadora francesa mudou o desenho da peça. Porém, após uma nova alteração, que estreou há duas etapas, os alternadores voltaram a falhar.
O chefe de operações de pista da Renault, Remi Taffin, afirmou que os franceses têm "uma pista" do que está errado. "Mas isso não quer dizer que sabemos o que é. O que sabemos é onde se inicia a falha e isso nos deu uma nova direção para olharmos. Porém, obviamente temos de ser honestos e dizer que não teremos uma solução 100% amanhã."
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