A Ferrari, equipe mais tradicional da Fórmula 1, voltou a falar em deixar o Mundial. O presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, afirmou que o campeonato precisa passar por mudanças nos próximos três anos, para que a montadora se mantenha na categoria.
"Eu quero que a Fórmula 1 melhore entre agora e 2012, quando vamos assinar o novo Pacto de Concórdia. Se não mudar, vamos procurar motivação em outro lugar", disse o dirigente italiano. A maior critica dele à F-1 é a falta de contato entre o público e os pilotos.
"Eu estive nas 24 Horas de Le Mans e fiquei impressionado. Não dá para aceitarmos essa distância entre os pilotos e os torcedores na Fórmula 1. Antigamente, os boxes eram cheios de gente e com mulheres bonitas. Hoje em dia mais parecem um campo de concentração. É preciso mudar isso", afirmou Di Montezemolo.
O italiano também cobrou bom senso da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) acerca das regras do Mundial. "Não terem deixado Felipe Massa testar com um carro deste ano, para mim, vai contra a natureza do esporte. Entendo que são as regras, mas no futuro não pode continuar assim", disse o presidente.
Apesar das críticas, Montezemolo mostrou-se otimista quanto aos próximos anos. "A FIA agora está aberta a uma nova era, com ideias novas. Jean Todt [novo presidente da entidade] é uma boa pessoa e conhece a Fórmula 1. Acho que a intenção dele é criar um diálogo e uma atmosfera diferente", afirmou.
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