Cinco corridas, quatro vitórias de Sebastian Vettel. O alemão só não ganhou na China, mas chegou em segundo lugar, e está no topo da tabela, com 118 pontos contra 77 de Lewis Hamilton, o rival mais próximo. Uma distância abismal, de 41 pontos, sendo que o vencedor de cada GP recebe 25. A hegemonia impressiona ainda mais quando se leva em conta que estamos falando de apenas 25% do campeonato. E começou a ser mantida com a quinta pole position do ano, obtida no treino classificatório de ontem.
Por isso, quando for dada a largada para a sexta etapa do Mundial, às 9 horas de hoje, toda a categoria estará se perguntando: será alguém capaz de ameaçar a soberania do atual campeão? A maior esperança parece ser o próprio palco da corrida: as ruas do apertado circuito de rua de Montecarlo, no Principado de Mônaco. Uma estatística é animadora: nos últimos dez anos, foram nove vencedores diferentes.
Os pilotos são unânimes em dizer: esta é a etapa mais inusitada do ano, com maiores chances de acontecer uma surpresa. "Eu me lembro das corridas do Senna aqui e em algumas delas ele venceu mesmo não tendo o melhor carro", disse Felipe Massa à Gazeta do Povo, em Mônaco. O brasileiro da Ferrari citou especialmente as provas de 1992 e 1993, ambas vencidas por Senna, na McLaren, contra as poderosas Williams de Nigel Mansell e Alain Prost, respectivamente.
Há razões para endossar a esperança dos rivais. A começar pelo aspecto técnico: o circuito não exige um carro "perfeito" em aerodinâmica, por não ter curvas de alta velocidade. Assim, um modelo de características deficientes pode se ajustar melhor razão que Fernando Alonso apontou para a melhora da Ferrari. Há também a maior possibilidade de erro, por se correr a centímetros do guard rail.
O comportamento dos pneus também está sendo diferente em Mônaco o primeiro circuito de rua do calendário após a entrada da Pirelli como nova fornecedora. Com a estreia do supermacio, que rende bem e não se desgasta tanto (novamente, por não ser tão exigido em curvas de alta), as equipes também conseguem encontrar o equilíbrio do carro mais facilmente. Até agora, só a Red Bull mostrou plena adaptação em todos os GPs.
Resta saber quem seriam os candidatos a colocar fim ao "passeio" de Vettel. Webber, por ter o mesmo equipamento, parece uma escolha natural até porque venceu nesta pista no ano passado. Hoje ele parte em terceiro. Hamilton, por sua vez, foi o único a bater Vettel em 2011, na China, e é daqueles pilotos que tem um estilo agressivo de pilotar que se dá muito bem em Mônaco, como mostrou em sua vitória aqui em 2008. Mas foi punido e largará apenas em nono. O companheiro de McLaren, Jenson Button, formará a primeira fila com Vettel.
O mesmo pode ser dito de Alonso, quarto no grid de hoje, que foi bem nos treinos livres e já venceu duas vezes em Mônaco (pela Renault em 2006 e McLaren em 2007). O problema para ele e Massa é que a Ferrari não tem grande retrospecto na pista a última vitória foi com Michael Schumacher, em 2001.
Mas e o que guarda Vettel como arma secreta para manter seu reinado? Coincidência ou não, ele nunca venceu em Montecarlo. A edição 2011 do GP de Mônaco terá uma grande história para contar. Seja por marcar a primeira vitória do "rei do momento" ou pelo início da reação contra ele.
Ao vivo
GP de Mônaco, às 9 h, na RPC TV.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Ser “trad” é a nova “trend”? Celebridades ‘conservadoras’ ganham os holofotes
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Deixe sua opinião