Pneu e chuva
Se na Austrália a surpresa foi a pouca degradação dos pneus, na Malásia a situação é completamente inversa. Pelo que se viu nos reinos livres, caso a corrida seja realizada com tempo seco, os pilotos preveem que entre três e cinco trocas de compostos sejam necessárias. "O maior problema é que o pneu não dá sinal de que está acabando. Ee simplesmente acaba", disse Rubens Barrichello, da Williams. Outro temor dos pilotos é com a possibilidade de chuva durante a prova, como prevê a meteorologia. "Vai ser uma loteria", afirmou Michael Schumacher, da Mercedes.
No site
Hoje
Treino classificatório da madrugada com resultado atualizado no site da Gazeta do Povo (clique aqui).
Amanhã
GP da Malásia
Transmissão ao vivo da RPC TV e resultado no site da Gazeta do Povo (clique aqui).
Kuala Lumpur, Malásia - As variáveis numa corrida de Fórmula 1 são tantas que, de repente, Fernando Alonso e Felipe Massa se aproveitam de alguma condição favorável, como a estratégia certa, e até mesmo vençam o GP da Malásia. Mas se a realidade da Ferrari prevalecer, e a prova seguir seu curso normal, os dois pilotos da equipe deverão terminar as 56 voltas no circuito de Sepang, amanhã, a partir das 5 horas (de Brasília), bem frustrados.
Ontem, depois dos dois treinos livres, ambos liderados pelo australiano Mark Webber, comprovando o domínio da Red Bull já mostrado na primeira etapa da temporada, Alonso e Massa compreenderam o que já suspeitavam após a prova de Melbourne, há duas semanas: o carro da Ferrari é bem mais lento que o RB7 da Red Bull e o MP4/26 da McLaren.
A expressão de Alonso e Massa, na sala de entrevistas, refletia com perfeição o estado de espírito dos dois. E da própria escuderia italiana. Depois de três horas de treinos livres na pista malaia, sob calor intenso, o espanhol registrou apenas o nono tempo, a 1,7 segundo de Webber, enquanto Massa foi o sexto colocado, também a mais de um segundo do australiano da Red Bull.
Com ar irritado, Alonso comentou sobre a situação da Ferrari. "Tivemos uma pré-temporada excelente, mostramos elevada resistência, mas entendemos agora não ter referência precisa da nossa velocidade", afirmou o espanhol, ressaltando que os jornalistas são os culpados, por criar uma expectativa sobre algo desconhecido.
Os bons tempos obtidos por ele e Massa na pré-temporada não levavam crer que estivessem tão longe da Red Bull enquanto isso, a McLaren ficou o tempo todo bem para trás. "A diferença deles para nós está muito grande. Teremos um fim de semana difícil", afirmou Massa, após os treinos. O pior é que Alonso não reclamou do carro. "Não é ruim, em absoluto, o que lhe falta, em comparação a Red Bull e McLaren, é velocidade."
Na abertura do campeonato, há duas semanas, na Austrália, o entusiasmo da equipe italiana com os convincentes treinamentos na pré-temporada caíram por água por causa de Red Bull e McLaren mostrarem-se muito mais velozes na pista. O discurso de Alonso é de resignação. "Temos um longo trabalho pela frente. O campeonato é extenso", avisou o espanhol, que luta para melhorar o carro da Ferrari sua resposta aerodinâmica está bem aquém da gerada pelos carros da Red Bull e da McLaren, que ficaram com as quatro primeiras posições nos treinos livres em Sepang. "Falta de aderência para poder ser mais rápida."
Chefe da Ferrari, Stefano Domenicali já entendeu também que os dois engenheiros responsáveis pelos carros da equipe, o grego Nikolas Tombazis e o italiano Aldo Costa, não têm a competência necessária para enfrentar o grupo liderado por Adrian Newey, na Red Bull, e Tim Goss, na McLaren.
Assim, a sempre favorita Ferrari promete ser novamente apenas coadjuvante no GP da Malásia, que acontece amanhã e tem como principais candidatos à vitória os dois pilotos da Red Bull (Webber e o alemão Sebastian Vettel) e os dois da McLaren (os ingleses Lewis Hamilton e Jenson Button).
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