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A McLaren defendeu Lewis Hamilton nesta quinta-feira após comissários de prova terem acusado o campeão mundial de enganá-los para ganhar o terceiro lugar no Grande Prêmio da Austrália, disputado no fim de semana passado e primeira prova do Mundial de Fórmula 1.

"Não há conclusões de que Lewis mentiu para os comissários", afirmou o chefe de equipe, Martin Withmarsh, no local onde será realizado o Grande Prêmio da Malásia.

"Eu acho que ele respondeu as questões de uma maneira honesta, mas, de acordo com os comissários, a equipe deveria ter dado um relato mais completo sobre o que aconteceu", acrescentou.

Hamilton foi promovido para o terceiro lugar em Melbourne após os diretores terem decidido, em uma audiência após a corrida, que o italiano Jarno Trulli, da Toyota, ultrapassou o campeão mundial enquanto o safety car estava na pista, o que é proibido.

Nesta quinta-feira, os mesmos comissários se reuniram em Sepang para considerar um "novo elemento". Eles decidiram que Hamilton e a McLaren forneceram deliberadamente evidências enganosas e foram desclassificados da prova.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou o áudio e a transcrição de uma conversa de radio no qual a equipe claramente diz a Hamilton para "deixar a Toyota passar".

"Tanto o piloto quanto o diretor de equipe (Dave Ryan) disseram que nenhuma instrução do tipo havia sido dada", afirmou a FIA. "O diretor de prova especificamente perguntou a Hamilton se ele tinha intencionalmente deixado Trulli passar. Hamilton insistiu que não."

A FIA disse que os comissários "sentiram intensamente que tinham sido enganados pelo piloto e seu diretor".

Mas Withmarsh saiu em defesa de sua equipe, dando a versão da McLaren. "Não houve mentira naquela audiência. Nós, do time, cometemos um erro por não termos fornecido toda a conversa de radio que acreditávamos estar sendo ouvida."

Withmarsh afirmou que Trulli saiu da pista quando ocupava o terceiro lugar, enquanto o safety car estava na pista. Hamilton, quarto, então teria recebido permissão para tomar o posto da Toyota.

A McLaren não teria visto o que acontecera com o italiano e temeu que Hamilton fosse penalizado por ultrapassagem ilegal, como ocorreu com ele no Grande Prêmio da Bélgica do ano passado.

"Havia uma preocupação no time de que ele tinha ultrapassado Trulli com o safety car. Não sabíamos que Trulli estava fora da pista e pedimos a Lewis para devolver a posição. Achamos que era a coisa mais segura a se fazer. Quando essa instrução foi dada a Lewis, ele não concordou", completou Withmarsh.

Na gravação, Hamilton diz: "Eu o deixei passar." Mas logo em seguida ele fala: "Eu não deveria deixá-lo passar. Eu deveria tomar a posição de volta, já que ele cometeu um erro."

Withmarsh afirmou que a McLaren pediu à direção de prova permissão para retomar o posto. Como não obteve resposta, a questão foi levada aos comissários.

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