As equipes de Fórmula 1 podem ter um ano de folga antes da implementação de um limite de gastos de cerca de 63,74 milhões de dólares, disse Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) neste domingo.
"Pode haver uma valor mais alto este ano, para depois termos o teto em 2011", disse ele à Reuters no GP de Mônaco depois de se encontrar com os chefes de equipe. "É uma possibilidade."
Mosley também disse que um ou dois fabricantes podem sair no final da temporada, com ou sem um teto de gastos, mas está confiante de que a Ferrari vai continuar apesar de sua ameaça de se retirar.
"Acho que um ou dois deles podem ter que parar, mas nada a ver com estas discussões", afirmou ele.
Rombo
A ex-campeã Renault, que enfrenta um rombo em seu orçamento depois que seu principal patrocinador ING anunciou sua saída no final do ano, e a Toyota são vistos como os mais prováveis a desistir da categoria.
A japonesa Honda já se afastou e deixou seu lugar para a Brawn GP, atual líder do campeonato.
Mosley busca forçar o limite de orçamento como uma forma de encorajar novas empresas a adentrar a competição e ao mesmo tempo reduzir os custos para manter as atuais escuderias.
Os regulamentos de 2010 publicados no mês passado incluem o limite de 63,74 milhões de dólares, e as equipes que o aceitarem teriam maior liberdade técnica do que aquelas que optarem por um orçamento ilimitado.
A Ferrari disse que isso criaria um inaceitável regulamento duplo e ameaçou se retirar, assim como Renault, Toyota e as duas equipes da Red Bull.
"Estou confiante de que a Ferrari vai continuar", disse Mosley, acrescentando que precisam desesperadamente de novas equipes.
"Precisamos chegar ao ponto em que uma equipe independente pode trabalhar com lucro, porque essa é uma condição para poder continuar indefinidamente," disse ele.
Mosley afirmou que o limite de gastos pode ter que ficar na casa dos 63,74 milhões de dólares porque mesmo esse valor pode ser "um grande investimento" para novos participantes.
"O principal é que as novas equipes não devem ficar atrás em tecnologia, e há maneiras de contornar esse problema", disse ele, sem dar detalhes.
Mosley se encontrou em Mônaco com o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, na sexta-feira, após uma reunião inconclusiva com chefes de equipe em Londres na semana anterior. O britânico disse que as conversas estavam progredindo, embora um acordo ainda não estivesse próximo.
"O principal obstáculo é o de sempre, tentar conciliar as pessoas com muito dinheiro e esperam continuar a tê-lo com aquelas que não tem, e manter um grid completo."
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