A Lotus sabe que a possibilidade de perder Kimi Raikkonen ao término da temporada 2013 da Fórmula 1 é real, mas aposta em ter um carro competitivo para convencer o finlandês a renovar seu contrato. Chefe da escuderia, Eric Boullier lembrou que a Lotus lutou pela vitória com a Red Bull domingo, no GP da Alemanha, o que vem sendo recorrente - é justamente a equipe austríaca que quer levar o piloto para 2014.
"Eu acho que ele gosta da equipe e das pessoas da equipe. Ele se sente confortável com eles. Às vezes você tem um bom carro no início da temporada, mas a questão é se vai ser capaz de manter-se nesse nível, e Kimi pode ver que nós podemos fazê-lo. Com muito menos recursos do que a Red Bull ainda podemos desenvolver o carro e competir no mesmo nível", disse.
O dirigente da Lotus reconheceu que o salário oferecido pode ser decisivo para a escolha de Raikkonen, pois o finlandês, de 33 anos, está perto de se aposentar da Fórmula 1 - chegou a deixar a categoria entre 2010 e 2011, antes de voltar no ano passado. Boullier, porém, rejeitou a possibilidade de fazer um "leilão".
"Durante a vida, você passa por diferentes fases e na cabeça de Kimi deve haver a consideração de que o próximo contrato é o seu último. Então, sim, é possível que no final poderemos ter de levar em consideração algumas questões financeiras", disse. "Vamos oferecer o que acreditamos ser o melhor para Kimi e para nós", completou.
Boullier, ressaltou, porém, que a escolha está nas mãos apenas de Raikkonen. "É verdade que a Red Bull está fazendo de tudo para contratar Kimi e eu tenho certeza que eles vão fazer uma bela proposta, até mesmo facilitando sua vida profissional. Mas, de novo: será a decisão de Kimi", afirmou.
De acordo com Boullier, a Lotus já trabalha com a possibilidade de contratar outro piloto se Raikkonen deixar a equipe. "Eu sempre tenho um plano B, e estamos em uma posição favorável em que somos o time mais desejado por alguns grandes pilotos. Muitos estão falando com a gente, por isso se essa situação ocorrer, eu tenho um plano B, mas não vou compartilhar agora", disse.