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O atual número 1, Sebastian Vettel, e sua Red Bull. Ele não precisará se preocupar tanto com retardatários. Para fazer ultrapassagens e brigar pelo bi, poderá usar o Kers e as asas traseiras móveis | Sergio Perez/Reuters
O atual número 1, Sebastian Vettel, e sua Red Bull. Ele não precisará se preocupar tanto com retardatários. Para fazer ultrapassagens e brigar pelo bi, poderá usar o Kers e as asas traseiras móveis| Foto: Sergio Perez/Reuters
  • Veja como funciona a asa traseira

No ano passado, os carros de Hispania e Virgin levaram ao extremo a definição "retardatários". Para evitar tanta lentidão nas corridas em 2011, a FIA (Federação Interna­cional de Auto­mobilismo) resolveu trazer de volta a regra dos 107%, que vigorou entre as temporadas de 1996 e 2002.

Outras duas mudanças importantes prometem facilitar as ultrapassagens. A volta do Kers (Sis­te­­ma de Recuperação de Ener­gia Cinética), que armazena a energia liberada nas freadas para aumentar a potência do carro por alguns instantes, e o surgimento da asa traseira móvel, com a finalidade de reduzir a pressão aerodinâmica e aumentar a velocidade.

De acordo com a regra dos 107%, todos os que fizerem tempos 7% acima do primeiro colocado na primeira parte do treino classificatório, o qualifying 1 (Q1), estarão automaticamente fora da prova. Exceto quando houver uma chuva repentina, por exemplo, e o piloto tenha feito alguma volta dentro do limite permitido nos treinos livres.

Se o regulamento valesse desde o ano passado, Bruno Senna – que não conseguiu vaga para correr em 2011 – teria ficado fora de oito etapas. Sua equipe, a His­­pa­nia, não co­­lo­­caria os dois carros no grid em seis (ver tabela do lado).

Embora não fosse favorável ao brasileiro, na época em que foi decidido que a regra voltaria, em 2010, ele concordou com a iniciativa. "A diferença muito grande entre os carros é ruim para todos. Tanto para quem ultrapassa como para aqueles que se veem na obrigação de abrir passagem", justificou. Outro brasileiro, Lucas Di Grasi – que também não achou equipe para este ano –, não teria alinhado a sua Virgin em duas provas.

A lentidão ainda foi a causa de outra mudança relativa aos treinos classificatórios. A partir de agora, os carros terão um tempo máximo para retornar aos boxes. A FIA espera acabar com retardatários, que, para economizar combustível ou atrapalhar seus adversários, voltavam lentamente.

A entrada de Hispania e Virgin em 2010 também ocasionou outra alteração na regra: diferentemente do ano passado, quando viravam a noite tentando ajustar melhor os carros, os mecânicos não poderão trabalhar durante as madrugadas que antecedem os treinos. O veto é da meia-noite às 6 h, quando os treinos forem às 10 h, e da 1 h às 7 h , quando forem às 11 h.

As iniciativas do diretor comercial da F1, Bernie Ecclestone, para tentar aumentar as ultrapassagens não cessaram. Este ano a aposta é na asa traseira móvel, em substituição à flexibilidade da asa dianteira, que não correspondeu às expectativas em dois anos de uso. Ela poderá ser ajustada pelos próprios pilotos, sem limite de uso nos treinos. Nas corridas o procedimento só será acionado em áreas determinadas e se o carro a ser ultrapassado estiver menos de um segundo na frente.

Também está de volta o Kers. Ele foi utilizado por algumas equipes em 2009 e abandonado por comum acordo em 2010 –embora constasse no regulamento. Nesta temporada estará nos carros de todas as escuderias, exceto Virgin e Hispania. Desvantagem, ao menos inicial, para quem optou por não desenvolvê-lo há dois anos.

O piloto italiano Jarno Trulli, da Lotus, não gosta das constantes mudanças no regulamento. "Tem muitas coisas novas, da aerodinâmica ao Kers. Nós falamos em economizar dinheiro, mas as regras mudam a cada ano. As pessoas não entendem e isso prejudica o espetáculo", lamenta o experiente piloto.

Em contrapartida, o bicampeão Fernando Alonso, da Ferrari, acredita que as mudanças em busca de provas mais emocionantes são positivas. "Estou confiante que em 2011 finalmente as regras vão ajudar a ultrapassar e teremos um show melhor para todo mundo", diz o espanhol, atual vice-campeão.

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