Foi há apenas um ano. Nem existia o nome Brawn GP. A McLaren de Lewis Hamilton e a Ferrari de Felipe Massa disputavam até a última volta da última prova da temporada, em Interlagos, o título mundial. Enquanto isso, outra equipe agonizava. Rubens Barrichello e Jenson Button sofriam nos carros da Honda. Mas as coisas mudaram tanto e em tão pouco tempo que agora são eles na briga pelo campeonato sem esquecer de Sebastian Vettel, da Red Bull, o terceiro ainda no páreo.
Não havia como imaginar algo parecido no dia 2 de novembro de 2008. O domingo no qual o inglês Button viu um princípio de incêndio no carro logo após a prova, saiu correndo para tentar encontrar um meio de apagá-lo e ouviu do pai, John, a célebre frase "Deixa esta porcaria queimar."Ao mesmo tempo, o companheiro de equipe era personagem da campanha "Bate nele, Rubinho!". Acertar o inglês Hamilton foi a ideia que torcedores tiveram para tirar o favorito do caminho e ajudar Massa a ficar com o título. Mas para isso era necessária a ajuda de outro brasileiro na pista, o sempre perseguido pelas piadinhas Barrichello.
Rubinho foi praticamente enterrado vivo no último GP do Brasil. Ele até insistia que não era seu último ano na categoria, que não havia chegado a hora de se aposentar, mas a dúvida seguia no ar. Ainda mais com as notícias de que os brasileiros Bruno Senna e Lucas di Grassi fariam testes pela Honda. Situação que apenas piorou com o anúncio da saída da equipe japonesa da F1.Porém a preparação do carro para 2009 já havia começado há meses. Tanto que o ex-chefe da escuderia, Ross Brawn, diante dos fracos resultados, admitiu antes da metade da temporada que o alvo era o próximo ano. Confiante no projeto, assumiu a estrutura após a desistência dos japoneses e batizou o novo time com seu próprio nome.
Manter a dupla Button e Barrichello foi uma aposta na experiência. Nos testes da pré-temporada, a superioridade dos novos carros brancos com detalhes em verde "marca-texto" surpreendeu a todos. Ainda havia a possibilidade de ser um blefe. Mas eles continuaram mais velozes nos treinos e provas. Estava claro que sair na frente no desenvolvimento foi um grande trunfo. Enquanto McLaren e Ferrari tinham problemas para acertar seus novos modelos, o excelente projeto aerodinâmico e o motor Mercedes transformaram a Brawn em sensação.Apenas o crescimento da Red Bull durante o ano preocupou. Com os 85 pontos de Button e os 71 de Barrichello, a Brawn só precisa de mais cinco para conquistar o título de construtores pilotos da principal rival, o alemão Vettel tem 69 e o australiano Mark Webber 51,5.Mesmo que seu carro pegue fogo novamente, Button continuará com grandes chances de ser o campeão. Rubinho, em vez de cartazes sarcásticos como "Massa campeão, Rubinho é a solução" ou "Bate nele, Rubinho, que a gente te perdoa", verá total apoio da arquibancada para tentar desbancar o inglês da vez e chegar com chances na última prova em Abu Dhabi.
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