Muitas vezes, no esporte de alto rendimento, o atleta precisa parar os estudos para poder prosseguir na carreira. E este é exatamente o caso do brasileiro Lucas di Grassi, piloto da VRT, na Fórmula 1, que disputa sua primeira temporada na categoria. O paulista teve de trancar a Faculdade de Economia para investir no automobilismo. Mas os planos de se formar não estão abandonados: ele pretende retornar assim que conseguir tempo.
"Enquanto corria no Brasil - na Fórmula Renault e F-3 Sul-Americana - dava para conciliar a carreira com os estudos. A partir do momento em que fui para a Inglaterra e entrei para o programa de desenvolvimento de pilotos da Renault (RDD), resolvi trancar a faculdade para me dedicar à carreira de piloto. Não parei de estudar. Só foi uma interrupção. Quero retomar o curso assim que tiver oportunidade," diz Lucas.
Apesar de ainda não ter marcado pontos em 2010, Lucas considera o saldo de sua primeira temporada positivo. Sua equipe já tem o melhor carro entre as novatas - na disputa apelidada de "Série B" ou "Segunda Divisão" da Fórmula 1. E o objetivo agora é terminar à frente da Lotus.
"Temos seis corridas pela frente, e estamos firmes em nosso objetivo de terminar a temporada à frente da Lotus. Temos o melhor carro entre as novatas e precisamos de resultados. Espero continuar a crescer, melhorar e aprender, para conquistar resultados ainda melhores."
Di Grassi foi chefiado por Flavio Briatore, uma das figuras mais controversas da Fórmula 1 nos últimos anos. O brasileiro diz que ele era um dirigente rígido, mas pensava no bem da equipe.
"Apesar de o Briatore ser um chefe bastante duro, que pressionava bastante, ele fazia pelo bem da equipe, para buscar resultados. Como todos trabalhavam com o mesmo objetivo, meu relacionamento com ele era tranquilo. Sempre tentei fazer meu trabalho da melhor maneira, trabalhando junto com os engenheiros, passando informações e aprendendo. Foi uma fase difícil, porque não estava correndo, mas também foi importante para minha formação."
Sobre o jogo de equipe, ele confessa ainda não ter passado por uma situação como esta. Mas admite que é algo na Fórmula 1 que não dá para escapar, por causa dos interesses dos times.
"Não gosto e espero nunca ter de passar por isso. É muito difícil de fiscalizar, pois as equipes usam códigos, não falam abertamente para o piloto "A" abrir para o "B". Vou ficar muito feliz no dia em que realmente conseguirem eliminar isso, assim como todo mundo que gosta de corridas. Mas é uma situação muito complicada, difícil de resolver, pois há muitos interesses que influenciam as decisões de uma equipe. E o principal deles é vencer o campeonato ou mesmo uma corrida. E pode apostar que a direção das equipes não gostam de estar nessa posição."
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