O corpo administrativo da Fórmula 1 foi alertado no ano passado sobre as alegações de que a Renault teria fraudado o Grande Prêmio de Cingapura ao ordenar que o brasileiro Nelson Piquet Jr batesse, afirmou um jornal inglês neste sábado.

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Segundo o Daily Mirror, o pai do piloto, tricampeão da categoria, contou a investigadores que falou informalmente com o diretor de corridas da FIA Charlie Whiting no última corrida da temporada, no Brasil em novembro.

Piquet e Whiting trabalharam juntos na equipe Brabham nos anos 1980, quando o britânico era o mecânico-chefe do campeão.

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"Quando aquilo aconteceu em Cingapura eu não pude acreditar", falou o pai em trechos de uma entrevista que, segundo o jornal, foi realizada por investigadores particulares da Quest em Londres em 17 de agosto.

"Enfim, no Brasil eu converso com o Charlie", disse.

"Eu me aproximei e disse 'olha, o que pode acontecer com o Nelsinho se eu tornar isso público? E eu estava com medo de estragar a carreira do meu filho'".

Piquet acrescentou posteriormente: "No Brasil, eu liguei para o Charlie e contei toda a história."

A Federação Internacional de Automobilismo não estava imediatamente disponível para comentar o caso.

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A administração iniciou as investigações depois que Nelsinho foi demitido pela Renault e então enviou um comunicado à FIA alegando ter recebido ordens para bater e ajudar seu companheiro de equipe Fernando Alonso.

A Renault vai enfrentar o conselho da FIA em Paris na segunda-feira e responder às acusações de conduta fraudulenta e pode ser banida do campeonato ou receber uma multa pesada.

O chefe de equipe Flavio Briatore e o engenheiro-chefe Pat Symonds já deixaram a escuderia, e a Renault afirmou que não irá contestar as acusações.