O grave acidente sofrido pelo francês Jules Bianchi no GP do Japão de Fórmula 1, no último domingo, foi "má sorte". Pelo menos é essa a opinião do porta-voz do circuito de Suzuka, Masamichi Miyazaki, que nesta terça-feira falou sobre o ocorrido com o piloto da Marussia, que segue internado em condições críticas depois de ter batido com seu carro em um guindaste que removia a Sauber de Adrian Sutil na área de escape da pista na 43ª volta da corrida.
A Marussia divulgou informações de um boletim médico fornecido pelo Mie General Hospital em Yokkaichi, nesta terça-feira, já no final da noite no horário japonês, confirmando que o francês sofreu uma lesão cerebral grave. A lesão em questão foi provocada pelo forte acidente no qual ele se envolveu no GP do Japão de Fórmula 1, no último domingo, no circuito de Suzuka.
O boletim confirma que Bianchi teve uma "lesão axonal difusa", que é considerada um trauma grave. Esse tipo de trauma acomete todo o cérebro, lesionando os neurônios e fazendo com que os mesmos percam as suas funções. Esse tipo de lesão é considerada frequente em casos de traumatismos cranioencefálicos.
Bianchi perdeu o controle do seu monoposto pouco depois do acidente com Sutil na prova, realizada sob forte chuva, na Curva 7 do circuito e acabou atingindo em alta velocidade o veículo de apoio, que chegou a sair do chão com a força do impacto. Removido de ambulância até o hospital, pois as condições climáticas desfavoráveis inviabilizaram o uso do helicóptero, ele foi submetido a uma cirurgia após sofrer graves lesões na cabeça.
A direção do GP do Japão vem sofrendo várias críticas desde o último domingo por ter permitido a remoção da Sauber de Sutil com a prova em andamento, sendo que havia a opção do uso do safety car para evitar o risco do acidente. Porém, Miyazaki não acredita que houve um erro de avaliação por parte dos responsáveis pela corrida.
"Os fiscais levantaram 'duplas bandeiras amarelas' depois do acidente com Sutil, o que significa que os pilotos tiveram de diminuir a velocidade a um ponto que poderia parar imediatamente mas infelizmente o carro de Bianchi aquaplanou justamente naquela hora e acabou indo para o lado do acidente, o que foi má sorte", afirmou o porta-voz, que depois ainda defendeu a continuidade da prova após o acidente com Sutil.
"Reconhecidamente, a chuva estava vindo e a pista estava molhada mas a chuva não estava pesada o suficiente para interromper a corrida, e acredito que os diretores de prova fizeram o mesmo julgamento", reforçou.
O acidente com o piloto francês acabou provocando o encerramento antecipado da prova, com vitória para Lewis Hamilton, da Mercedes, quando foram completadas apenas 44 das 53 voltas previstas.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) informou nesta terça-feira que o estado de saúde de Bianchi segue "crítico, porém estável" no Mie General Hospital em Yokkaichi, onde foi internado pouco após o acidente de domingo.
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