Em 2008, Rubens Barrichello viveu um momento melancólico em Interlagos. Com um carro problemático da Honda nas mãos, ele largou na 15ª colocação e terminou a prova na mesma posição. Após a corrida, a incerteza em relação ao seu futuro assustava. Afinal, o time japonês fechou as portas, e o brasileiro viveu quatro longos meses de espera até que aparecesse o negócio entre a Honda e Ross Brawn, que fundou a sua própria equipe na F-1.
Um ano se passou, e o piloto chega a Interlagos em 2009 em uma situação totalmente diferente: no centro das atenções, lutando pelo título mundial e, embora não confirme, com situação acertada para 2010, quando correrá na Williams. E, pela reviravolta, o brasileiro não hesitou em apontar a atual temporada como a melhor da sua carreira.
"Eu já tive temporadas muito boas, mas acho que esta dá um prazer ainda maior por causa da volta por cima. Por estar desempregado por quatro meses e, ao voltar, dirigir um carro competitivo. É a minha melhor temporada. É o começo da colheita das coisas que plantei no passado. Aos 37 anos, chego no pico da minha performance, podendo tirar tudo de proveito de um carro que nasceu muito bom", comemorou o brasileiro.
Experiente com os erros do passado, o brasileiro vê como positiva a pressão que normalmente acontece em Interlagos.
"Eu senti muita pressão, e hoje isso não me atrapalha. A pressão é menor ainda quando o carro é competitivo, porque largar na frente é muito melhor. No ano passado, foi difícil. A cada ano, eu fui aprendendo com tudo que aconteceu. Hoje, a pressão está lá para ser usada a meu favor. Não vejo a hora de usar isso para ter um ótimo final de semana", concluiu o vice-líder do campeonato de pilotos, com 71 pontos, 15 a menos que o líder e companheiro de equipe, Jenson Button.