A crise interna vivida pelos pilotos Sebastian Vettel e Mark Webber, companheiros de equipe na Red Bull na Fórmula 1, repercutiu no universo esportivo. No Paraná não foi diferente. Pilotos do estado comentaram o episódio. No último domingo, depois de vencer a prova de Silvertone, na Inglaterra, Webber declarou que a sua vitória serviu como resposta ao apoio direto da equipe ao alemão Vettel. "Nunca teria renovado se soubesse que fariam isso comigo", afirmou o australiano, em entrevista coletiva após prova em Silverstone no último domingo.
Esse tipo de problema não é exclusivo das grandes escuderias. Nos times pequenos, a questão pode ser ainda mais desleal. O paranaense Ricardo Zonta sentiu isso na pele em 1999 e 2000, quando correu pela então estreante BAR, ao lado do campeão de 1997, Jacques Villeneuve.
O time contava como investidores o próprio canadense e seu empresário, Craig Pollock, e Zonta se viu no cargo de segundo piloto, já que todos os benefícios ficavam do outro lado. "Tanto em resultados quanto financeiramente, era tudo voltado para ele", lembra o brasileiro, que também correu pelas equipes Jordan, Toyota e fez testes por Renault e McLaren.
"Eu não tinha experiência e isso me prejudicou inclusive psicologicamente, porque eu não estava preparado. Eu fui prejudicado por isso. Acho que não tive os resultados que merecia", comentou Zonta, que hoje pilota e chefia sua própria equipe na Stock Car, a RZ Corinthians Motorsport, representando o time paulista.
No entanto, existe também o exemplo dos companheiros que se deram bem, mas às vezes tinham seus momentos de conflito. O bicampeão do mundo Fernando Alonso, foi companheiro do brasileiro Tarso Marques na Minardi. "Lógico que na pista disputamos, chegamos a bater um no outro algumas vezes, e até levamos chamada do dono da equipe. Mas passávamos o tempo todo juntos, até nas férias íamos para os mesmos lugares. Tivemos uma relação muito próxima", destacou Marques.
O paranaense acredita que as pazes de Webber e Vettel após o acidente dos dois no GP da Turquia foi algo encenado. Tanto que na Inglaterra a nova crise apareceu. "Um elogiar o outro é folclore, é contratual, exigência da equipe".
Não apenas na Fórmula 1 que companheiros de equipe vivem momentos conflitantes. Na Stock Car, por exemplo, Thiago Marques viveu momentos de tensão ao lado de Cacá Bueno em 2005, quando ambos corriam juntos. "Tive uma grande batida com ele em Londrina quando disputávamos a 3ª colocação. Resultado: os dois carros deram perda total", relembra.
Brigas eternas
Não é de hoje que pilotos de um mesmo time transformam uma relação que seria de parceria em uma guerra de declarações via imprensa.
O brasileiro Ayrton Senna e o francês Alain Prost foram personagens de muitas polêmicas quando pilotavam pelo McLaren em 1988 e 89.Senna levou a melhor em 88, e Prost deu o troco em 89 e ficou com o título
O inglês Nigel Mansell, por sua vez, perdeu um campeonato mundial para Prost por causa de uma disputa interna com o brasileiro Nelson Piquet, em 1986.
Na início da década, Rubens Barrichello fez questão de deixar evidente a preferência que a Ferrari deu a Michael Schumacher durante seis temporadas. No GP da Áustria de 2002, Rubinho entregou a vitória ao alemão metros antes da bandeirada por determinação da equipe italiana.
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