O Brasil dificilmente terá um piloto no grid da Fórmula 1 em 2017. Última possibilidade do brasileiro Felipe Nasr, a Force India anunciou nesta quinta-feira (10) a contratação do francês Esteban Ocon para a próxima temporada. O anúncio foi feito via Twitter.
Welcome back to the #SFIFamily, Esteban! We're looking forward to our time together! https://t.co/znWsttBFl0
— Sahara Force India (@ForceIndiaF1) 10 de novembro de 2016
“Estou muito animado para participar Sahara Force India. Eu sei que a equipe é muito boa, porque eu já era um piloto de testes no ano passado e eu estou realmente ansioso para encontrar todo mundo e trabalhar com a Force India novamente”, disse o piloto de apenas 20 anos, que é apadrinhado pela Mercedes. “Eu ainda sou relativamente novo para a Fórmula-1, mas passar meia temporada na Manor Racing foi uma experiência valiosa e me sinto pronto para esta nova oportunidade com a Force India”, completou.
A definição fecha a dupla de pilotos da equipe inglesa para o próximo ano, que além do francês, terá a continuidade do mexicano Sergio Perez. O alemão Nico Hulkenberg, atualmente na Force India, foi quem abriu o espaço para a mudança, pois passará a correr pela Renault depois do final desta temporada.
Felipe Nasr, atualmente na Sauber, ainda pode continuar por mais um ano na escuderia da Suíça, mas sua permanência não está garantida. Por causa da aposentadoria de Felipe Massa, está na continuidade de Nasr a esperança para que o Brasil não fique sem representantes na Fórmula 1, algo que não ocorre na categoria desde 1969.
Nasr acha que fica na F1
“Não me sinto atingido pela notícia. Claro que, como piloto, você sempre quer o que for melhor para você. Por causa de outros fatores, as coisas não se encaixaram na negociação com a Force India”, disse Nasr. “Tinha gente tomando conta disso e infelizmente a negociação não deu certo.”
O brasileiro demonstrou certa decepção com o anúncio da Force India, mas preferiu destacar suas chances de seguir na Sauber em 2017. “Claro que eu gostaria de estar em condições de estar brigando por resultados mais a frente, mas é o que a gente tem no momento. Continua tendo algumas outras opções”, declarou.
“Sempre mantive a porta aberta aqui na Sauber, continua uma opção atrativa para o ano que vem. Neste sentido, não mudou nada. O mercado da F1 se movimenta e é normal que essas coisas aconteçam. Continuo focado no meu trabalho no fim de semana. E, na segunda-feira, eu volto a pensar nisso”, afirmou.
Questionado sobre se teme ficar fora da F1, Nasr exibiu confiança. “Não, de maneira alguma. Não posso dizer que tenho 100% de certeza porque nada é 100% nesta vida. Mas não tenho medo nenhum de ficar de fora”, disse o brasileiro que, se confirmado, será o único representante do País no grid. Caso contrário, será a primeira vez desde 1969 que o Brasil não terá pilotos na F1.
Para que isso não aconteça, Nasr aparenta concentrar suas fichas na Sauber. Ele destacou a entrada de novos investidores no time e contratações para o corpo técnico, projetando uma temporada melhor em 2017.
“Vem tendo uma reestruturação da equipe, que impactam muito em toda a estrutura do time. Acho que a grande mudança só terá impacto forte no ano que vem. Diferentemente deste ano, os investimentos estão em lugares mais promissores. A equipe está muito mais adiantada no projeto 2017 em comparação ao que começamos neste ano. Tem tudo para ser um ano melhor do que 2016”, afirmou.
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