Campeão mundial de Fórmula 1 em 2007, pela Ferrari, Kimi Raikkonen, de 32 anos, foi anunciado pela Lotus Renault ontem como novo piloto da equipe. O finlandês assinou contrato de dois anos com a escuderia, depois de ter deixado a principal categoria do automobilismo mundial no final de 2009. A contratação de Raikkonen mexe com o futuro de dois brasileiros na F1: Rubens Barrichello e Bruno Senna.
Durante o evento de lançamento de um rali, em São Paulo, Barrichello evitou comentar sobre o seu futuro. Como o contrato com a Williams encerra-se neste final de ano, ele ainda não sabe se permanecerá na F1 a Lotus Renault aparecia como um dos destinos prováveis.
"Me pegou de surpresa", admitiu Barrichello, sobre o anúncio. "Muito foi divulgado e hoje o anúncio do Kimi [Raikkonen] mostra que as coisas acontecem muito por trás das cortinas. Estou contente com aquilo que está acontecendo e minha vontade é de continuar no ano que vem", completou.
A dúvida em relação a Bruno Senna é de outra natureza. Ele passou a ocupar o posto de titular da equipe durante a última temporada, após a demissão do alemão Nick Heidfeld, e agora deverá concorrer pela vaga que hoje é do russo Vitaly Petrov, cuja permanência na escuderia também ainda não está garantida para 2012.
Embora Petrov tenha contrato com a Lotus Renault até o fim do ano que vem, o seu desempenho nesta última temporada esteve longe de empolgar os integrantes da equipe. Ele fechou 2011 na décima posição do Mundial, com 37 pontos, apenas três à frente de Heidfeld, o 11.º colocado, dispensado antes das últimas oito etapas do campeonato.
Antes do início do campeonato, Heidfeld assumiu o posto do polonês Robert Kubica, que ficou fora de todo o Mundial de 2011 por causa do grave acidente que sofreu em uma prova de rali, em fevereiro, na Itália. Na semana passada, a equipe anunciou que não conta com o piloto da Polônia no início da próxima temporada, após o próprio corredor dizer que ainda não se sente pronto o agente dele, porém afirmou que as palavras do cliente teriam sido distorcidas.
Além de Senna, o francês Romain Grosjean, atual piloto reserva da Renault, também aparece como forte candidato à vaga que pode ser aberta por Petrov.
Polêmicas à parte, Raikkonen festejou o seu retorno à elite do automobilismo. "Não posso negar que a minha ânsia pela F1 recentemente tornou-se esmagadora", revelou o finlandês, reforçando que resolveu aceitar a proposta da Renault também por causa dos planos da escuderia de voltar a brigar por grandes objetivos na categoria. "Foi uma escolha fácil voltar com a Renault, já que fiquei impressionado com o alcance da ambição da equipe. Agora estou ansioso por desempenhar um importante papel em empurrar a equipe para a frente do grid", disse ele.
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