Ron Dennis anunciou nesta terça-feira (15) em um comunicado sua saída da presidência do McLaren Technology Group, que cuida da gestão da tradicional escuderia britânica, por ter sido dispensado por acionistas, depois de 35 anos à frente do grupo.
“Ron Dennis confirma que lhe foi pedido hoje para deixar suas funções de presidente e diretor geral do McLaren Technology Group (MTG)”, anunciou o dirigente em um comunicado.
“Esta saída é seguida por uma decisão da maioria dos acionistas”, revelou Dennis, além de salientar que a decisão foi “forçada pelos principais acionistas apesar dos avisos do resto da cúpula de direção sobre as consequências de suas ações”.
De acordo com a imprensa inglesa, o relacionamento já vinha sendo desgastado e a gota d´água foi o fato de o dirigente ter apresentado na semana passada uma proposta de compra por um consórcio chinês que não agradou em nada os acionistas.
“Meu estilo de gestão é o mesmo de sempre, o que permitiu a McLaren conquistar vinte títulos mundiais de F1 (12 de pilotos e 8 de construtores) e crescer até faturar 850 milhões de libras por ano (cerca de um bilhão de dólares”, argumentou Dennis.
Sob a presidência de Ron Dennis, a McLaren teve campeões lendários, como Ayton Senna, Alain Prost ou James Hunt, mas não conquista o título mundial de pilotos desde 2008, com Lewis Hamilton, perdendo competitividade diante da hegemonia da Red Bull (2010-2013) e Mercedes (2014-2016).
Hamilton foi uma grande aposta de Dennis, que foi seu mentor e investiu nele desde a infância.
A McLaren, que vem encontrando muitos problemas desde que voltou a usar motores da Honda, em 2015 ocupa apenas a sexta posição do Mundial de construtores, com 75 pontos, com o espanhol Fernando Alonso em décimo (51) e o britânico Jenson Button em 15º (21).
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