Button se surpreende com McLaren
O dia foi de surpresas em Suzuka. "Sabia dispor de um carro veloz, mas não imaginei que seria tão competitivo. Ganhar nesse circuito é algo muito especial", disse o inglês Jenson Button, da McLaren, após vencer o GP do Japão. O resultado premiou o melhor piloto do fim de semana. Ele foi o mais rápido nos três treinos livres e só não quebrou a série de pole positions da Red Bull neste ano por ficar um centésimo de segundo atrás de Sebastian Vettel na classificação.
"O mais curioso é que Suzuka parecia o cenário ideal para novo passeio da Red Bull, pelo que fizeram em pistas semelhantes e o retrospecto nos dois últimos anos [duas vitórias de Vettel]", comentou o espanhol Fernando Alonso, segundo colocado com a Ferrari. Ele ainda estendeu sua surpresa ao desempenho da equipe. "Nosso ritmo era o mesmo de McLaren e Red Bull, sem termos quase nenhum desenvolvimento no carro, por pensarmos já em 2012", admitiu.
Depois de largar na pole, Vettel perdeu a liderança para Button quando fez o segundo dos seus três pit stops e foi atrapalhado pelo tráfego. E a terceira posição para Alonso pelo mesmo motivo após fazer a terceira parada. "Queria definir o campeonato com outra vitória, mas nossos adversários tinham o nosso ritmo e os retardatários não ajudaram", explicou o alemão da Red Bull.
Nas voltas finais, Alonso tentou um ataque a Button, mas nada conseguiu. "Em nenhum instante acreditei que poderia vencer. A McLaren estava mais rápida", disse o espanhol, que se motiva agora com a luta pelo vice-campeonato.
"O que mais gostei foi ver nós, a Ferrari e a Red Bull andando juntos e separados por um segundo", falou Button. O inglês ganhou um pequeno fôlego na luta pelo vice: chegou a 210 pontos, diante de 202 de Alonso. A decepção, mais uma vez, foi o australiano Mark Webber, da Red Bull, quarto colocado na prova e também em quarto no campeonato, com 194 pontos. (AE)
Suzuka, Japão - Era apenas questão de tempo. E não demorou. Com cinco corridas ainda por disputar, Sebastian Vettel só precisava de mais um pontinho, ou ver o inglês Jenson Button não subir ao topo do pódio, para comemorar o título. O rival até ganhou ontem, no Japão, mas o alemão da Red Bull fez bem mais do que o décimo lugar que precisava: ao cruzar a linha de chegada em terceiro, se tornou o mais jovem bicampeão da história da Fórmula 1 no ano passado havia se tornado o mais jovem campeão.
"Foi um campeonato fantástico. Vou precisar de um tempo para entender o que conquistamos", afirmou Vettel. Em 15 etapas, ele somou 12 poles e 9 vitórias nas seis corridas que não venceu, foram quatro segundos lugares, um quarto e um terceiro. "No ano passado, a diferença do nosso carro para os adversários era maior. Mas cometemos muitos erros estúpidos. Agora, esse título é mais da equipe, que cresceu em todos os seus setores. Atingimos a Lua", continuou o bicampeão, que conquistou o título da temporada anterior apenas na última prova, em Abu Dabi.
Restam quatro corridas em 2011: Coreia do Sul, no próximo domingo, Índia (30/10), Abu Dabi (13/11) e Brasil (27/11). Chances para Vettel continuar batendo recordes, como igualar Schumacher em número de vitórias em um ano, 13, e em porcentagem de pontos possíveis, 84,7%; e superar o inglês Nigel Mansell em poles, 14, e porcentagem de voltas na liderança, 66,9%.
Ao seu estilo humilde, o alemão distribuiu agradecimentos. Além dos cerca de 500 funcionários da equipe "não apenas nos GPs, mas de segunda a sexta-feira também, na fábrica, dão tudo de si para lutarmos pelo título" , dedicou palavras emocionadas ao personal trainer e amigo, o finlandês Tommi Parmakoski "ele me ajudou muito a recolocar os pés na terra" e à grande parceira Red Bull, empresa com a qual começou sua relação aos 12 anos, quando pediu apoio para terminar um campeonato de kart em troca de colocar um adesivo da marca no pequeno carro "nada disso seria possível se naquele momento eu não tivesse recebido um sim".
A Red Bull pode garantir também o título de construtores na Coreia do Sul. E a concorrência sabe que terá de errar o mínimo possível se quiser ter chances em 2012. "Garantimos o mesmo grupo de trabalho. Não vejo razão para não repetirmos o sucesso", avisou o ex-piloto austríaco Helmut Marko, mentor da equipe.
De novo
Após mais uma batida com o inglês Lewis Hamilton, o brasileiro Felipe Massa disse que não adianta procurar o piloto da McLaren para conversar porque ele simplesmente não aprende. "Acho que a FIA errou em não punir o Hamilton. Vimos neste ano pilotos sendo punidos por muito menos. Mas também o que eu falo não adianta nada, o que vale é o que a federação acha e hoje eles não quiseram dar uma punição", reclamou Massa, sétimo colocado no Japão Hamilton terminou em quinto. O incidente resultou numa grande parte da asa dianteira da Ferrari do brasileiro quebrada, assim como o assoalho. Os dois outros brasileiros, Bruno Senna, da Lotus Renault, e Rubens Barrichello, da Williams, terminaram apenas na 16ª e 17ª posições, respectivamente.
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