Ex-decano da categoria, Rubinho prevê "um vazio"
Folhapress
Distante de Melbourne e ainda sem disputar provas da Indy o campeonato americano começará dia 25 de março , Rubens Barrichello disse não poder negar o vazio que sentirá quando assistir ao GP da Austrália de F1, etapa de abertura da temporada.
O recordista de GPs fez 19 temporadas na F1 desde 1993 e, neste ano, como não conseguiu se manter na Williams, estreará na Indy pela KV como companheiro de seu amigo Tony Kanaan e do venezuelano Ernesto Viso.
Barrichello participou ontem de um evento de seu patrocinador em Osasco (Grande São Paulo), pouco antes da abertura dos boxes para o primeiro treino na Austrália, e afirmou: "Por mais feliz que eu esteja com toda a minha situação essa é a realidade , não tenha dúvida de que, quando eu vir os carros saindo às 3 horas da manhã, vai dar um vazio".
O piloto, que na semana passada testou no circuito de Sebring, afirmou estar satisfeito com o que conseguiu nos trabalhos. "Estou me acostumando com o carro e conhecendo as pistas. É uma fase nova da minha carreira, e está indo bem", declarou Barrichello, terceiro colocado no dia final de testes.
Disputa
Vettel assume favoritismo
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Nem o carisma nem o sorriso fácil de Sebastian Vettel ajudam. Mais jovem bicampeão da F1, o piloto da Red Bull inicia o Mundial de 2012 com o status de inimigo número 1 da categoria.
O motivo é simples. Após dominar a temporada passada com extrema facilidade, sair na pole em 15 das 19 etapas e vencer 11 corridas, Vettel é novamente favorito.
Mais maduro, experiente e seguro de suas capacidades, o alemão tem tudo para entrar para a história como o terceiro piloto a conquistar três campeonatos consecutivos, algo que apenas Juan Manuel Fangio (1954 a 1957) e Michael Schumacher (2000 a 2004) conseguiram fazer até então.
Se até o ano passado o alemão de 24 anos fazia questão de manter o discurso comedido, sem nunca ter se colocado como favorito mesmo quando o campeonato já dava mostras de estar definido, agora a história é diferente.
"Estou aqui para ser campeão, esse é meu objetivo. Se é o terceiro título ou não, não faz diferença", disse o piloto da Red Bull em Melbourne, onde venceu no ano passado. "Geralmente quem vence o campeonato no ano anterior começa o seguinte como favorito, não? De qualquer forma, me considero favorito."
"O negócio vai estar quente", prevê Bruno Senna antes do GP de abertura da temporada da Fórmula 1 em 2012, amanhã, em Melbourne, na Austrália. A expectativa é justificável. Afinal, além de terem vivido a pré-temporada mais curta de sua história, com apenas 12 dias de testes coletivos, as equipes tiveram pouco tempo de pista seca para acertar seus carros para a etapa inaugural do campeonato, com largada às 3 horas (de Brasília).
Ainda que haja uma certa tradição da primeira corrida do ano apontar o campeão da temporada por nove vezes nos últimos 12 anos, quem venceu o título também conquistou o GP que inicia o campeonato , o pouco desenvolvimento dos carros também costuma embolar as posições e causar algumas surpresas, como lembra o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari.
"Na primeira corrida é comum acontecer surpresas. Assim como sempre na metade final do campeonato nos acostumamos ao domínio de uma equipe e as posições estão mais ou menos estabilizadas, a primeira corrida do ano sempre gera alguma surpresa. Ano passado, Petrov fez pódio aqui e, no final do ano, houve corridas em que esteve fora do Q2", afirmou, citando a única vez em que o piloto russo, à época na Renault, ficou entre os três melhores na carreira.
Junto dessa tendência normal dos carros estarem mais nivelados, a menor quilometragem devido à chuva fez com que procedimentos de praxe, como a avaliação das diferenças entre os compostos de pneus, fundamental para a definição da estratégia de corrida, fossem atrapalhadas. E, para piorar o cenário, isto ocorre em um momento no qual a fornecedora da borracha, a Pirelli, fez mudanças a fim de aproximar o rendimento dos pneus macio e duro.
No entanto, como lembra Jenson Button, da McLaren, estão todos no mesmo barco. "São informações úteis, mas você sempre gostaria de mais. Mas é o mesmo para todos. Espero que com a pouca quilometragem encontremos um equilíbrio melhor que todo mundo", refletiu o piloto.
Mesmo com a quilometragem longe da ideal, algumas equipes já perceberam que terão muito trabalho pela frente. É o caso da Lotus de Kimi Raikkonen. Após liderar diversas sessões na pré-temporada, o finlandês reconheceu que o desempenho foi aquém do esperado e revelou problemas na direção assistida de seu carro.
"Ela está funcionando bem em algumas condições e, em outras, tem nos dado problemas. Espero que tenhamos uma nova na próxima corrida e possamos melhorá-la. Vai ser difícil acertar totalmente, mas é possível melhorar." Com o GP da Malásia logo na próxima semana, quem ficar para trás neste domingo na Austrália sabe que não há muito tempo a perder.
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