O diretor jurídico do Fortaleza, Franzer Gomes, admitiu que seu clube pode entrar com uma ação no STJD pedindo o rebaixamento do Internacional para a Série B. Segundo ele, o Inter está utilizando um torcedor em pleito na Justiça comum no caso, para anular os 11 jogos do Campeonato Brasileiro repetidos a mando do próprio STJD.
"Esta tarde, vamos decidir se entramos ou não com esse pedido", disse Gomes, em entrevista à "Rádio Gaúcha", nesta quarta-feira.
Ouvido a respeito, o vice-presidente jurídico do Inter, Luís Antônio Lopes, classificou essa possibilidade de "terrorismo". Na verdade, a ação do Fortaleza atenderia a diversos interesses. Na hipótese de rebaixamento do Inter, o time cearense se classificaria para disputar a Copa-Sul-Americana, o Fluminense entraria na Taça Libertadores e o Coritiba se livraria de ser rebaixado. Sem contar o interesse do STJD na briga com o clube gaúcho.
É essa combinação de interesses que preocupa os dirigentes do Internacional. O presidente Fernando Carvalho reiterou que não tem poderes para sustar ações de torcedores e entidades na Justiça comum, garantidas por lei federal. Segundo ele, há várias delas circulando pelo Brasil, contestando a repetição de onze jogos. Carvalho se fixou no caso da bem sucedida ação do torcedor Leandro Konrad Konflanz.
"Já naquela época, dois meses atrás, quando a liminar foi concedida, eu peguei uma cópia do processo judicial e enviei à CBF, afirmando que o Inter não aceitaria qualquer benefício resultante dela", afirmou o presidente.
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