Para se classificar para a próxima fase do Paranaense o Atlético precisa vencer o Londrina, domingo, às 16 h, no Estádio do Café, e torcer por um tropeço do Cascavel contra o Foz do Iguaçu.
Depender do resultado do time da Fronteira, logo depois do desgaste político entre os clubes por causa da eleição da Federação Paranaense de Futebol, deixa a torcida rubro-negra apreensiva.
Em enquete feita pela Gazeta do Povo, até às 20 h de terça-feira (24), 73% dos internautas diziam acreditar que o Foz não se esforçaria muito para vencer a Serpente – consequentemente, prejudicando o Furacão.
Essa desconfiança é o que o presidente do clube, Arif Osman, pretende que o time enterre, dando a resposta dentro de campo. E tem o apoio do goleiro Edson Bastos, um dos líderes do grupo. “O mando do jogo é nosso e o respeito ao torcedor deve prevalecer. Quando ele vai ao estádio, paga o ingresso e quer ver um bom jogo, um espetáculo. Não uma sacanagem qualquer”, garante Bastos.
Para o goleiro, o Foz tem obrigação de ir a campo com força máxima, independentemente da situação de qualquer outro rival, seja o Atlético ou o Rio Branco (que também sonha com a vaga que hoje pertence ao Cascavel).
“A situação do Atlético não tem importância para nós. Fizemos o nosso dever; eles não. Não adianta jogar para nós uma responsabilidade que não é nossa. Tivemos o mesmo número de jogos. A diferença é que fomos competentes”, provoca o goleiro.
Embora admita que em caso de tropeço todo mundo vai duvidar da postura do Foz, o presidente do clube conta com a vitória para terminar a primeira fase o mais alto possível na tabela.
Como o time almeja uma das vagas na Série D e na Copa do Brasil, quanto mais pontos somar, mais próximo o clube está de sua meta. Nem por isso, Osman deixa de cutucar o antigo parceiro. “Não vai ser moleza. Vamos jogar para ganhar e buscar os três pontos. A nação atleticana não merece pagar o pato do presidente que tem”, disse Osman. “É um clássico da região. O futebol do Oeste está muito valorizado. Mas o torcedor pode ficar tranquilo, pois o Cascavel é nosso freguês e vencemos as últimas quatro partidas.”
Ele lamentou a postura adotada por Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, durante as eleições da Federação Paranaense de Futebol. “Lembro da frase que ele disse logo depois de mandar seus jogadores voltarem. ‘Meu amigo é meu amigo. Meu inimigo é meu inimigo’”, lembrou.
Ao não conseguir o apoio do Foz do Iguaçu para o candidato à oposição da FPF, Ricardo Gomyde, Petraglia interrompeu abruptamente o empréstimo de cinco jogadores do Atlético ao time da fronteira, dando início ao clima hostil entre os dois lados.
Cascavel
O futuro do Atlético no Paranaense passa também pelos pés dos jogadores do Cascavel. Na oitava colocação, com 13 pontos, o time do Oeste manda o Furacão para o Torneio da Morte se vencer o Foz do Iguaçu. Em caso de empate, a Serpente precisa, obrigatoriamente, que o Rubro-Negro não vença o seu jogo. “É mais um jogo difícil, como todos que tivemos até agora. Não podemos pensar em problemas extracampo, problemas políticos, e em não vencer o jogo”, contou Kiko Vieira, presidente do Cascavel.
Ele faz questão de dizer que o Cascavel não tem nada a ver com a relação política de Foz e Atlético. Mesmo assim, aproveita para cutucar. “Queremos nos classificar jogando futebol, sem política, até porque nós e o Foz já tínhamos definido o voto antes de toda essa polêmica. O problema é que alguns dirigentes se acham donos de tudo e de todos”, disse, em clara referência ao presidente atleticano, Mario Celso Petraglia. Por fim, o presidente do Cascavel confia no potencial do seu time. “Só depende de nós. Pior para o Atlético, que depende de terceiros. Estamos focados e queremos estar entre os oito”, concluiu Vieira
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Taxa de desemprego pode diminuir com políticas libertárias de Milei
Governadores e parlamentares criticam decreto de Lula sobre uso da força policial
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias