Todos estão sob suspeita. Essa é a conclusão natural após o afastamento provisório dos árbitros e auxiliares que já atuaram na edição 2005 da Série Prata. Quatro juízes de Santa Catarina foram indicados para a primeira rodada da segunda fase do torneio, marcada para o fim de semana. Os bandeiras serão do quadro da Federação Paranaense de Futebol (FPF), mas não haviam sido escalados em nenhuma partida até o momento.
Segundo o presidente da FPF, Onaireves Moura, a medida emergencial será prorrogada até o encerramento do inquérito sobre corrupção, em andamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).
"Não estamos pondo em dúvida nenhum nome. Acontece que todos foram jogados na lama, sem provas, por uma certa pessoa (José Francisco de Oliveira, o Cidão, que denunciou o suposto esquema). Anteriormente a Federação tinha argumentos para avalizar sempre árbitros locais, mas no momento não podemos fazer isso", afirmou Moura, que culpa a desunião dos apitadores paranaenses pela situação ter atingido tal estágio.
A contradição nas palavras de Moura aparece no momento em que todos os juízes foram afastados de uma vez. A generalização deixou a classe em uma situação pouco confortável, conforme deixa claro o presidente da Associação de Árbitros do Paraná (AAP), Henrique França Triches. "Sou contra. Estão fazendo um pré-julgamento. Todo mundo, inclusive eu, está colocado sob suspeita. É uma decisão precipitada que, espero, seja rapidamente revista."
Nos próximos quatro jogos da Série Prata, os catarinenses Paulo Henrique de Godói Bezerra, Jéfferson Schmidt, João Fernando da Silva e José Acácio da Rocha serão os mediadores. Se a questão não for resolvida até a segunda rodada, novamente serão requisitados juízes de fora. Para a seqüência, a solução apontada pela FPF é uma "limpa" no quadro de arbitragem.
Porém, Moura sustenta que a obrigação de conduzir o processo de depuração não é da entidade. Ele solicitou à AAP uma lista com o nome dos árbitros considerados aptos a continuar trabalhando. O documento será levado a apreciação dos clubes, antes de chegar às mãos do ouvidor do Campeonato Paranaense, José Roberto Dutra Hajebock.
"Está sendo tudo jogado para a Federação. Mas não cabe a nós assumir a responsabilidade sobre a idoneidade de pessoas que não conhecemos. Temos cerca de 400 filiados e é impossível garantir a conduta moral de todos", justificou Moura.
Para evitar injustiças, ele prometeu que qualquer veto será analisado cuidadosamente antes de o árbitro ser afastado definitivamente. Porém o quadro não deve sofrer mudanças.
A AAP dificilmente fará algum corte. "Não tenho indícios para vetar nenhum membro. Se o TJD descobrir o envolvimento de algum dos nossos filiados, será prontamente afastado. Mas, com a investigação em curso, não posso barrar profissional algum. Todos, em princípio, estão aptos", argumentou Triches.
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