No arbitral do Paranaense 2010, ontem pela manhã, clubes e Federação Paranaense de Futebol (FPF) chegaram a um consenso sobre o supermando. Foram preparadas duas tabelas. Uma para o caso de a fórmula ser mantida – com o melhor time da primeira fase jogando as sete partidas do octogonal final em casa – e outra se for derrubada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

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No começo da tarde, porém, o Arapongas, que ainda luta no tapetão pela vaga na Série A, conseguiu uma liminar suspendendo os efeitos da reunião. Assim como as tabelas, a ata assinada pelos representantes da FPF e das 14 agremiações, que seria o instrumento para convencer o STJD a acabar com o supermando, por enquanto ficou sem valor legal.

Não que o Arapongas seja contra o que foi decidido pela manhã. "Se o clube estivesse lá, provavelmente assinaria também a ata", disse o advogado Nixon Fiori. Ele estava no Rio de Janeiro, onde havia acabado de obter no STJD a liminar. Além de suspender o arbitral, o documento manda que o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) julgue em no máximo 15 dias a ação protocolada pelo time do norte há três meses e até agora emperrada. A reclamação é quanto a um suposto W.O. do AFA/Foz do Iguaçu, que, na falta de jogadores disponíveis, colocou em campo atletas em condição irregular. Seria o segundo do time e consequentemente causaria sua eliminação, mudando a classificação da Segunda Divisão. No caso, o Arapongas ficaria com o vice-campeonato conquistado pelo Operário. "Só queremos o nosso direito de ver o julgamento realizado", comentou Fiori, que pleiteia a vaga do time de Ponta Grossa ou a abertura de uma 15ª, como aconteceu no último Estadual. Porém ele próprio declarou no início do processo achar difícil o êxito. O lado perdedor partiria para um recurso no STJD, o que elevaria em mais cerca de 15 dias o tempo de espera pela palavra final da justiça desportiva. Advogados da FPF e dos clubes já se reuniriam hoje à tarde para decidir a estratégia para se livrar do supermando. "Agora teremos de debater também sobre o que fazer no caso dessa ação", afirmou Domingos Moro, representante da Futpar (Associação de Clubes de Futebol Profissional do Paraná) e também advogado do Operário.

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Segundo ele, a tendência é não mudar o planejamento traçado ontem. Ou seja, encaminhar ao STJD a ata assinada pelos 14 clubes. Segundo o documento, "levantou-se a necessidade de um acordo quanto à questão do 'supermando', no sentido de que as quatro primeiras equipes classificadas, ao final da primeira fase, tenham, na segunda fase, quatro mandos de campo cada, e as demais quatro equipes classificadas tenham três mandos de campo cada." "(a liminar) Não muda nada o avanço que conseguimos hoje, a unanimidade obtida. Até porque o Arapongas não há de ser contra", argumentou Moro, acrescentando que se trata de outro processo, a ação anulatória (do artigo 9º do atual regulamento). "Mas precisam julgar de uma vez esse outro caso", alertou.

A intenção era, em caso de sucesso no STJD, substituir uma das tabelas distribuídas no arbitral pela outra. "A tabela a ser divulgada no prazo legal será, ainda, a que contempla o 'supermando' na segunda fase, e que no caso de êxito no acordo ora entabulado, será publicada a alternativa, em substituição à anterior", diz a ata.