RPC TV prefere Estadual com finais
Se for consultada, a RPC TV que detém os direitos de transmissão do Paranaense vai sugerir uma fórmula com finais. "Independente da fórmula, a empresa prefere que aconteçam finais. Comercialmente é muito mais interessante. Eu, pessoalmente, acho a fórmula do Carioca muito interessante e vou sugeri-la para a emissora", explicou o gerente de esportes da RPC TV, Gil Rocha.
Contudo, ele afirma que a TV não interfere na fórmula de disputa da competição. "Sempre deixamos bem claro que essa é uma decisão dos clubes. Agora, se formos perguntados, vamos sugerir um campeonato com finais", concluiu.
Gil Rocha aproveitou para garantir que a RPC TV, ao contrário do noticiado, ainda não participou de nenhum encontro com a FPF para tratar do assunto "regulamento do Paranaense para 2011". "Não sei de onde tiraram essa informação. É mentira". (ELK)
Apesar de ainda faltarem cerca de 11 meses para o próximo Campeonato Paranaense, nos bastidores já se discute qual será a fórmula ideal para a próxima temporada. Depois de dois anos sofrendo com o regulamento atual que criou o famigerado supermando (benefício de mandar sete jogos em casa na segunda fase da competição dado ao clube de melhor campanha na fase anterior os clubes terão a chance de modificar a fórmula de disputa e criar um campeonato mais rentável e justo.
As conversas vêem ganhando corpo. A intenção da Federação Paranaense de Futebol é apresentar ao clube duas opções: uma semelhante ao Campeonato Paulista e outra parecida com o Carioca.
"Nosso objetivo é fazer um campeonato atrativo para o público, que seja rentável nas bilheterias e bom para todo mundo. Vamos valorizar o nosso campeonato que, por vezes, é denegrido injustamente inclusive pela imprensa, resultado no afastamento de possíveis patrocinadores", afirmou Amilton Stival, vice-presidente da FPF, por telefone, à Gazeta do Povo.
O dirigente lamenta que sua gestão tenha que administrar essa desconfiança (além das dívidas e demais problemas) herdada de outras administrações. Uma nova fórmula, segundo Stival, poderia fazer com que o Estadual renascesse para os próprios paranaenses, bem como para o restante do país. "Será uma decisão tomada em conjunto com os clubes, a Federação, a RPC (Rede Paranaense de Comunicação) e todos os interessados. Com o número de datas que teremos a partir do ano que vem, acredito que poderemos fazer um campeonato incrível".
Stival demonstrou certa preferência pelo formato do Campeonato Carioca. Nele as equipes são divididas em dois grupos, com os quatro melhores fazendo um jogo para decidir quem fará a final do turno (todos em jogos únicos). O campeão garante vaga na final. O 2º turno repete o sistema do primeiro. Se o vencedor for o mesmo, ele é declarado campeão. Se for outro, um jogo final decide quem fica com a taça.
"Com as 23 ou 24 datas que teremos, poderíamos fazer um campeonato de primeiro e segundo turno, com partidas finais. Isso representaria estádios cheios nas decisões e muita publicidade em torno disso. Poderíamos vender o campeonato com mais facilidade. Esse formato é bom. Até os gaúchos estão fazendo algo semelhante", explicou, sem deixar de valorizar também a fórmula dos pontos corridos. "Com essas datas, podemos até fazer pontos corridos, com final com os dois campeões de turno. Enfim, temos que esperar terminar esse campeonato e lá por junho começar as reuniões".
Opinião dos clubes
Questionados sobre a discussão sobre a próxima fórmula de disputa e regulamento do Paranaense, dirigentes de Atlético, Coritiba, Paraná e Engenheiro Beltrão foram unânimes: Como esta, não pode ficar. "Qualquer coisa será melhor do que a fórmula atual. Independente de quem seja beneficiado pelo supermando, somos contra. Acho um absurdo. Ainda não temos uma opinião sobre o assunto, mas tem que mudar", disse Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba.
Gláucio Geara, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, mantém o discurso do companheiro. "É uma fórmula falha. Não pode continuar. Não podemos cometer o mesmo erro", disse, antes de sugerir os campeonatos carioca e paulista como modelos. "São ótimos exemplo. São mais emocionantes e mais participativos que o nosso. No Carioca, por exemplo, mesmo quando os pequenos decidem, os estádios enchem".
Para Aquilino Romani, presidente do Paraná, ainda é cedo para se discutir essa questão. "Temos que pensar nesse campeonato ainda e não temos uma opinião sobre a próxima fórmula. O primeiro passo é acabar com esse sistema vexatório dos últimos anos".
Atual representante da Futpar e presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares acredita que os pontos corridos são a melhor opção. "O campeonato de hoje em dia não é justo com todos os participantes. Alguns jogam as 22 datas, mas outros apenas as 13 da primeira fase. Não podemos montar uma estrutura para apenas essas datas. Fazendo um campeonato de pontos corridos, movimentaríamos todos os times durante a competição toda".
Para Linhares, a competição premiaria o time com mais regularidade. "Desconfiaram da fórmula no Brasileirão, mas deu muito certo. Ano passado foi prova disso, pois o Palmeiras achou que o título estava ganho, mas tropeçou e se complicou. Se meu time começa mal, tem tempo de se recuperar. O Beltrão, esse ano, teria mais chances se jogasse mais, pois venceu e recuperou a auto-estima", concluiu.
INTERATIVIDADE - E você torcedor, o que acha? Qual seria a fórmula ideal para o próximo Campeonato Paranaense?
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