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Jogadores do Atlético e do Paraná discutem após o clássico: clima esquentou em campo depois da partida | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Jogadores do Atlético e do Paraná discutem após o clássico: clima esquentou em campo depois da partida| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Calendário

Reunião na FPF vai decidir data da semi entre Atlético e LEC

Felipe Raicoski, especial para a Gazeta do Povo

Uma reunião hoje na Federação Paranaense de Futebol (FPF) coloca em pauta a data da primeira partida das semifinais entre Atlético e Londrina. A tendência é marcar o jogo para quinta-feira, o que dependeria de um acordo entre a entidade e o Furacão. A indefi­­nição quanto à data ocorre porque o Rubro-Negro enfrenta o Vélez Sarsfield, pela Libertadores, na quarta-feira. E pelo Regulamento Geral das Competições da CBF, um time não poderia jogar sem um intervalo de 66 horas entre dois compromissos.

Apesar disso, o presidente da FPF, Hélio Cury, fez uma consulta informal à CBF na última sexta-feira, e diz ter recebido o aval para marcar o duelo do sub-23 atleticano para quinta-feira. "Enviamos um ofício para saber o posicionamento deles. Ainda não temos um documento oficial, mas nos foi dito que o Botafogo poderia passar por uma situação dessas e que não haveria objeções", disse.

O fato de o Furacão atuar com elencos diferentes nas duas competições seria um facilitador. "A princípio o jogo está marcado para quinta, já que eles nem usam o mesmo time aqui", completou Cury, crente em ter o apoio atleticano.

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O apito final do árbitro Fabio Filipus foi o estopim para os protestos da torcida do Paraná. Enquanto um grupo vaiava e gritava ‘vergonha’, outro não poupava os jogadores na saída do gramado e os integrantes da diretoria protegidos dentro do camarote na Vila Capanema. Uma revolta motivada pela eliminação para a equipe sub-23 do Atlético nas quartas de final do Paranaense, após perder por 2 a 0 e completar oito anos sem o título estadual.

"A única coisa que não passava pela minha cabeça era isso. Não jogamos nada hoje [ontem]", disse Giancarlo, dessa vez sem motivos para despejar frases de efeito. Pudera. O Tricolor vinha de nove jogos de invencibilidade e tinha a vantagem de poder até mesmo empatar – no primeiro jogo havia vencido por 2 a 1 no Ecoestádio. Na hora da decisão, porém, a equipe de Milton Mendes falhou. E escorregou diante do terceiro time do Furacão, assim como já havia sido surpreendido pelo sub-23 do Coritiba ainda na terceira rodada do campeonato.

O técnico Milton Mendes não soube explicar a desclassificação. "Não contávamos que fosse assim. Temos agora de analisar tudo o que aconteceu", limitou-se a dizer. Sem muitas palavras sobre o próprio time, lançou elogios para o adversário. "A equipe do Atlético é forte, boa, jovem e demonstrou isso nos dois jogos", continuou.

A eliminação veio no dia seguinte a um esboço de paralisação dos atletas paranistas. Os jogadores não treinaram na véspera em protesto ao atraso no pagamento de salários. Também decidiram abrir mão da concentração antes do clássico. O quanto isso interferiu na derrota, o técnico Milton Mendes preferiu não comentar. "Não vou responder perguntar sobre isso. Vocês [jornalistas] sabem nossa rotina. A análise, vocês que façam", despistou.

O discurso do comandante após o jogo, aliás, parecia em tom de despedida. Falando muito, mas sem dizer muita coisa, não foi tão seguro em relação à continuidade dele na Vila Capanema. "Não podemos crucificar ninguém, nem os jogadores, nem a diretoria, que está tentando o possível para resolver os problemas. Não podemos achar que está tudo errado e mandar todos embora", disse.

Por enquanto, segue como técnico. Se escapar da guilhotina, terá de ter mais sucesso no dia 10 de abril, no jogo de volta da Copa do Brasil contra o São Bernardo – empatou na ida por 1 a 1. A eliminação na primeira fase da Copa do Brasil, no ano passado, para o mesmo oponente, custou o emprego de Toninho Cecílio. O Paraná estreia da Série B, diante do Sampaio Corrêa, no Maranhão, em 19 de abril.

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