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O atacante Emerson, do Fluminense, festeja a vitória sobre o Atlético do volante Chico, que aparece caído na frente do gol | Wallace Teixeira/Photocamera
O atacante Emerson, do Fluminense, festeja a vitória sobre o Atlético do volante Chico, que aparece caído na frente do gol| Foto: Wallace Teixeira/Photocamera

23 gols sofridos

Com os três gols sofridos ontem, o Atlético tornou-se o time com a pior defesa do Brasileiro. "Roubou" o posto do Atlético-MG, que buscou a bola nas redes 21 vezes. Para que o Furacão feche a 12ª rodada fora da liderança dessa estatística negativa, precisa que o Galo sofra pelo menos três gols no clássico mineiro contra o Cruzeiro, hoje. A derrota do Furacão para o Fluminense quebrou uma sequência de duas vitórias atleticanas consecutivas.

Tudo ou nada. Decidido a não deixar o Maracanã, ontem, sem uma vitória sobre o até então vice-líder Fluminense, o Atlé­tico apostou todas as fichas para tirar do Tricolor carioca os três pontos. Ficou com nada.Valeu pela valentia do técnico Paulo César Carpegiani. E só. Porque a ousadia custou caro: o Furacão foi derrotado por 3 a 1 e volta a flertar com a zona do rebaixamento, com 13 pontos, um a mais que o Botafogo, primeiro na área do perigo, que joga hoje.

A ruína atleticana no Rio de Janeiro começou com a falha de Bruno Costa, ao ser driblado por Conca, aos 21 minutos de jogo. Na sequência, o argentino cruzou para Washington, que tocou, de primeira, para o fundo do gol. O contra-ataque do Fluminense havia começado em lance que os jogadores atleticanos reclamavam a marcação de escanteio a seu favor.

O gol tricolor acabou com o equilíbrio entre as duas equipes até então. E encerrou o duelo de qual estreante se sairia melhor: o equatoriano Guerrón, pelo Atlético, ou Washington, pelo Tricolor. Venceu o ex-atleticano, que também marcou o terceiro gol, aos 39/2°, em mais um contra-ataque, novamente no passe de Conca.

Mesmo perdendo por 1 a 0, o Furacão teve o domínio da partida até o final do primeiro tempo. Então, para a etapa complementar. Mas, no segundo tempo, Carpegiani abriu mão da defesa, colocou Alex Mineiro e Maikon Leite no ataque, ao lado de Guérron e Bruno Mineiro.

Mas logo aos 9 minutos, nova falha, de Vitor. Ele perdeu a bola no campo de ataque, ao reclamar falta. O Fluminense fez rápida troca de passes, Washington avançou com velocidade e tocou para Émerson, que, de frente para o gol, marcou.

"Vacilamos em dois gols em falhas individuais. Se não fosse isso, o resultado seria outro", lamentou o meia Paulo Baier. Mesma linha adotada por Carpegiani, que acrescentou: "Acho que no primeiro tempo houve um excesso de preciosismo. O jogo não exigia isso. Exigia simplicidade. Acabamos nos complicando, que sirva de lição. No segundo tempo, perdemos um pouco da caractereistica tática, mas era necessário".

O técnico afirmou, após o jogo que, ainda no vestiário, cobrou de Vitor a falha no segundo gol. "Não conversei só com ele, mas com o grupo que isso não pode acontecer", destacou.

O Atlético descontou aos 23 minutos da etapa complementar, quando vinha pressionando, no cruzamento de Bran­quinho, da esquerda. Bruno Mineiro subiu mais que a zaga e, de cabeça, marcou.

O Rubro-Negro terminou a partida como o time com pior defesa do Brasileirão, com 23 gols sofridos. Pode terminar a rodada sem essa incômoda, mas depende de que o Atlético-MG sofra, hoje, pelo menos dois gols no clássico contra o Cruzeiro.

O próximo desafio do Fura­cão é mo próximo domingo, quando enfrenta o São Paulo na Arena. Para a partida, não contará com Bruno Mineiro, que tomou o terceiro cartão amarelo.

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