A ríspida discussão entre o goleiro paranista Flávio e o árbitro paulista Rodrigo Cintra, momentos antes da cobrança do pênalti a favor do Vasco no jogo de domingo (vencido pelo Tricolor por 2 a 1), rendeu o terceiro cartão amarelo ao camisa 1 e conseqüentemente o tirou da partida contra o Santos, no domingo. Ao se posicionar sobre a linha do gol, o Pantera foi avisado pelo juiz para não se adiantar. O arqueiro respondeu com palavras e gestos que motivaram a advertência.
"Eu estava concentrado no pênalti e ele (Cintra) veio me encher. Perguntei se eu não estava sobre a risca", admite. "Quando ele me deu o cartão, questionei se a linha demarcada no chão não era onde eu deveria ficar", conta.
Em seguida, Flávio ficou esperando a cobrança dentro do gol e viu o meia vascaíno Abedi chutar para fora. Menos de um minuto depois, o Tricolor abriu o placar com Sandro.
"Já fiquei dentro do gol de sacanagem mesmo. Ele não tinha ido me encher que eu estava na linha? Então fui para dentro do gol de sacanagem", reconhece.
A situação poderia ter rendido mais do que um cartão amarelo ao Pantera. De acordo com o ex-árbitro e comentarista da Rede Globo José Roberto Wright, o pênalti deveria ter sido repetido e Flávio, expulso.
"O Flávio agiu completamente fora da regra ficando dentro do gol. Ele pode ficar e se movimentar sobre a linha. Além disso, levou sorte de não pegar um árbitro de pulso. Se fosse comigo tinha sido expulso", afirma.
Além de Flávio, os volantes Batista e Serginho também não enfrentam o Peixe por suspensão. No gol entra Marcos Leandro e no meio Felipe Alves está confirmado. Já a outra vaga pode ser de Pierre, se ele se recuperar de uma torção no tornozelo esquerdo, ou o zagueiro Edmílson pode ser deslocado para a função.