Cerca de 40 funcionários do Centro de Treinamento Ninho da Gralha, do Paraná, decidiram declarar greve nesta quinta-feira (10). Os trabalhadores estão com os salários atrasados e reclamam de um descaso da diretoria do Tricolor.
De acordo com o coordenador administrativo do CT, Jeson Emanoel, funcionários de diferentes setores resolveram aderir à paralisação. "Desde a portaria, até rouparia, cozinha, comissão técnica, parte administrativa. Está tudo parado", disse por telefone à Gazeta do Povo no início da tarde.
Segundo ele, os vencimentos da maioria trabalhadores estariam atrasados há três meses. O último salário recebido teria sido o de novembro do ano passado. Já os pagamentos de dezembro, janeiro e fevereiro não teriam sido pagos. "Chegamos ao quinto dia útil do mês e nada. Ficou insustentável", afirmou Emanoel.
O CT Ninho da Gralha e as categorias de base do Tricolor são administrados por meio de uma parceria entre o Paraná com a empresa Bom Atleta Sociedade Empresarial (Base). Apesar da parceria, o presidente paranista Aquilino Romani preferiu jogar a responsabilidade por um eventual atraso nos salários para a Base. "Lá [no CT] é a empresa Base que cuida. Aqui estamos com os salários em dia com os funcionários. De lá eu não sei", alegou o mandatário.
O coordenador do CT reclama que clube e empresa estariam demonstrando descaso com os funcionários. "A situação se agravou por causa desta falta de atitude, porque eles não vêm aqui, não sentam para conversar", aponta. "Pedimos alguma previsão [para efetuar o pagamento], mas a conversa sempre fica para daqui três, quatro dias. Isso foi se acumulando até chegarmos à greve", complementa Emanoel.
O vice-presidente financeiro do Paraná, Celso Bittencourt confirmou o problema com os vencimentos. "Existe uma situação a se adequar com os funcionários. Tem que levantar o valor e pagar. Não tem jeito", disse.
O dirigente explica que as despesas gerais das categorias da base são divididas meio a meio entre Paraná e Base. "Convencionou-se no ano passado que a Base ficaria responsável pela folha de pagamento dos funcionários e o clube arcaria com outros gastos gerais como manutenção, alimentação e compra de materiais, porque os valores são parecidos", conta Bittencourt.
O vice-presidente de patrimônio do Paraná e administrador da empresa Base, Renê Bernardi, também reconhece o acordo estabelecido e os problemas para cumprir os compromissos salariais. "Sabemos que os salários estão atrasados. Reconhecemos isso e temos que aceitar a greve. É um direito deles", admite Bernardi que promete. "Vamos trabalhar. Amanhã (sexta-feira) pagamos pelo menos uma parcela do que se deve"
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