Análise
Craque: Paulo Baier
Em partida extremamente equilibrada, construiu e concluiu a jogada do gol da vitória atleticana, com a colaboração de Gabriel.
Bonde: Washington
Quase não participou do jogo, exceto por uma cabeçada. De quebra, ainda fez cara feia ao ser substituído por Borges.
Guerreiro: Fransérgio
Após longo tempo na reserva, reapareceu improvisado, como zagueiro de sobra. Atuou como veterano da posição.
Chaves do Jogo
Substituto ideal
A escalação do volante Fransérgio na defesa preocupou m uita gente, pela juventude do atleta e por se tratar de uma improvisação. Porém, em campo ele se mostrou a solução ideal para ausência de Nei, até então destaque da equipe, expulso contra o Vitória.
Árbitro camarada
Chico poderia ter sido expulso no fim do primeiro tempo. Ele já havia recebido um cartão amarelo por jogada violenta, quando deu outra entrada dura. Porém, o juiz Marcelo de Lima Henrique preferiu não ver o carrinho do zagueiro atleticano.
Fôlego de garoto
Eram jogados 41 minutos do segundo tempo e o empate parecia definitivo. Não para Paulo Baier. O veterano de 34 anos mostrou ainda ter gás para ser o "detalhe" decisivo a favor do Furacão, marcando o gol da vitória suada do Rubro-Negro.
Na Arena da Baixada o São Paulo não tem vez. Ontem, pela 11.ª oportunidade, o Tricolor do Morumbi visitou a casa do Atlético e não venceu. A vitória do Furacão por 1 a 0, gol de Paulo Baier, foi a oitava frente à equipe paulista no estádio três empates completam o retrospecto desde 1999, ano de inauguração da praça de esportes.
Nem mesmo a fase dos tricampeões brasileiros, que não perdiam há nove rodadas e haviam ganhado sete partidas seguidas, derrubaram o jejum. Com isso, quem sobe no Brasileirão é o Rubro-Negro. O time do técnico Antônio Lopes confirma que a ascensão não foi encerrada com a derrota para o Vitória (2 a 1, na quarta-feira), conforme previa o treinador.
"Nada melhor do que uma grande vitória sobre o São Paulo para confirmar esse nosso momento", exalta o zagueiro Chico, defensor pela esquerda na inédita linha completada por Fransérgio e Manoel.
Mais do que a posição na classificação (subiu para 13.º com 27 pontos), o duelo de ontem teve muitos outros motivos para fazer a festa do torcedor. Se não bastasse a inauguração do setor Brasílio Itiberê logo diante do adversário que não enfrentou o Atlético na Arena na final da Libertadores de 2005 (por falta de capacidade o jogo ocorreu em Porto Alegre), Dagoberto estava com a camisa são-paulina.
Destaque do Furacão entre 2002 e 2006, o atacante deixou a equipe paranaense em litígio com a direção. Dago nunca havia retornado ao estádio desde que foi para o Morumbi há pouco mais de dois anos. Durante a execução dos hinos, em toda vez que tocava na bola e no momento em que foi substituído, o desafeto dos atleticanos ouviu as maiores vaias da história da Arena.
Pressão que fez a diferença a favor dos donos da casa. A sinergia entre time e torcida, marca do Rubro-Negro como mandante em quase toda a última década, parece ter definitivamente retornado. Da arquibancada, o grito de "o Furacão voltou, o Furacão voltou", explica a nova fase.
"O torcedor quer muita garra e entrega da equipe. Assim, sempre estarão incentivando. Desde que estou aqui, isso não tem faltado", destaca Lopes. "Dentro de casa temos de fazer um caldeirão da maneira que a torcida faz", emenda Paulo Baier.
Para manter o encanto, os comandados de Lopes terão a dura prova de tentar uma vitória fora de casa, sábado que vem, contra o Náutico, sem o maestro Paulo Baier e o volante Valencia, suspensos. Desafio que, se superado, deixará a antiga preocupação com a zona de rebaixamento quase esquecida.
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