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Buenos Aires – O Atlético já disputou três Libertadores e tem até o vice-campeonato de 2005 no currículo. Mas não dá para dizer que um clube brasileiro conseguiu experiência internacional o suficiente sem nunca ter enfrentado um dos famosos times copeiros argentinos. É por essa espécie de batismo que o Rubro-Negro vai passar no jogo de hoje contra o River Plate (mesmo que o adversário anuncie uma escalação quase inteira de reservas), às 19h15, no Monumental de Núñez, pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana.

Uma partida diferente, admitem os atleticanos. "Vamos enfrentar uma grande equipe, muito famosa mundialmente, e se fizermos uma boa apresentação teremos um reconhecimento proporcional", disse o goleiro Cléber.

O Furacão não pensa em fazer nada de especial em relação ao que apresentou nas últimas três rodadas do Brasileiro – vitórias sobre Santa Cruz e São Caetano e empate com o Goiás – e na primeira fase da Sul-Americana – duas vitórias sobre o Paraná. "Temos de manter esse ritmo. Procurar impô-lo mesmo jogando no reduto deles", acrescentou o camisa 1.

Ao mesmo tempo em que pede agressividade ao time, o discurso denota uma boa dose de respeito ao River e seu lendário campo – palco da final da Copa de 1978, entre Argentina e Holanda.

Os minutos destinados a fotos durante o reconhecimento do gramado, no final da tarde de ontem, lembram que a passagem por Buenos Aires é uma novidade na vida do clube e da maioria dos jogadores. A cena já havia sido vista algumas horas antes no Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarsfield, local escolhido para o treino. Apesar de o técnico Vadão ter dito que pode poupar um ou outro titular – o que dificilmente acontecerá –, se percebe que o Atlético encara a Sul-Americana com mais seriedade do que o adversário. O treinador dos "milionários", Daniel Passarella, que deve mandar a campo apenas dois titulares, deixou bem claro que sua prioridade é o campeonato local.

Segundo Vadão, nada que torne a missão mais fácil ou minimize o primeiro jogo da história atleticana na Argentina . "Não tem vantagem. É a mesma coisa que se hoje eu fosse poupar alguns jogadores e colocasse o Válber, o William e o Paulo Rink, que têm entrado bem e que a torcida até tem pedido."

Ainda sem eleger uma prioridade, o treinador acredita que o torneio internacional e o Brasileirão podem se complementar. "Esta é uma competição interessante. Temos um grupo com muitos atletas jovens que precisam de experiência e, para ganhá-la, nada melhor do que um duelo com o River fora de casa", afirmou, acreditando que para esses jogadores as partidas nacionais podem se tornar mais "leves" depois do Núñez.

River Plate x Atlético, às 19h15, no FX (canal 54 da Net e 65 da TVA).

Em Buenos Aires

River PlateLux; Ferrari (San Roman), Nasuti, Tuzzio (Gerlo) e Mareque; Sosa, Pusineri, Fernández e Sambueza; Farías e Falcao (Higuaín).Técnico: Daniel Passarella.

AtléticoCléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir, Marcelo Silva, Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques.Técnico: Vadão.

Estádio: Monumental de Núñez. Horário: 19h15. Árbitro: Martín Vazquez (URU). Auxs.: Fernando Cabrera e Pablo Fandiño (URU).

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