Rafael Moura marcou o primeiro dele no Atlético e abriu o caminho para a vitória sobre o Timbu| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

Assista ao vídeo da partida

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A noite prometia ser de muita marcação na Arena da Baixada. Ferreira que o diga
Na raça e com direito a cabeça enfaixada, Danilo fez o segundo de cabeça
A noite na Baixada foi fechada com chave de ouro com a reestréia do meia Kelly com a camisa do Furacão
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Dezessete dias. Foi este o tempo sem o Atlético Paranaense vencer ou marcar gols na Arena da Baixada, em Curitiba. O incômodo jejum finalmente veio abaixo na noite desta quarta-feira, quando o Furacão venceu o Náutico por 2 a 0, embaixo de frio e chuva. O resultado foi importante também para a saída do Rubro-Negro da zona de rebaixamento, o que dá mais tranqüilidade para o clube seguir no Campeonato Brasileiro.

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Durante praticamente toda a partida, o Atlético dominou as ações e criou as melhores oportunidades. Mas o jogo não foi de encher os olhos. O Náutico vinha de quatro derrotas consecutivas, e tentou ser um obstáculo ao Furacão. Falhou na sua tentativa e levou para Recife a quinta derrota seguida, o que pode propiciar a volta do técnico Roberto Fernandes ao Timbu, dias após deixar quem? O Atlético. Coisas do futebol.

Se os atleticanos não jogaram muito bem, ao menos mostraram muita determinação e vontade de deixar a crise de lado e instalar um novo clima dentro do Caldeirão. A ousadia e as opções do técnico (por ora interino) Cleocir Santos, o Tico também foram fundamentais, já que o treinador apostou no meia Rodriguinho e o jogador foi um dos destaques do Rubro-Negro.

Agora o Atlético volta as suas atenções ao Flamengo, adversário do próximo sábado, às 18h20, no Maracanã. Já o Náutico tenta a reabilitação no domingo, às 18h10, contra o Santos, nos Aflitos.

Só He-Man salva no primeiro tempo na Arena

Com Rodriguinho e Anderson Aquino como novidades na escalação, o Atlético transpirava novos ares na Arena. Diante de um adversário que vinha em queda livre na tabela, o Náutico, o Furacão logo tomou as rédeas da partida e dominou territorialmente o primeiro tempo. A torcida, mesmo com o frio e a chuva que não arredaram pé de Curitiba, fez o seu papel e apoiou.

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Mas um velho problema rubro-negro, o excesso de passes errados, prejudicou consideravelmente o desempenho do Furacão. Em um destes erros, Nei propiciou ao atacante Felipe a principal chance de gol do Timbu. Coube a Galatto, em dois lances seguidos, impedir a abertura do marcador a favor dos pernambucanos. Além destes lances, os visitantes só se arriscavam com chutes de fora da área, e a pontaria não estava em dia.

Quando contou com um pouco de inspiração e organização, o Atlético fez o seu gol. Anderson Aquino avançou pela direita e cruzou rasteiro. Rafael Moura ganhou do seu marcador e mandou para as redes do goleiro Eduardo. O tento rubro-negro pôs fim a um jejum de 17 dias – ou dois jogos em casa – sem o Furacão anotar dentro do Joaquim Américo. O "He-Man" também fez o seu primeiro gol com a camisa do clube.

Após o gol, o Atlético seguiu ainda melhor no confronto e o Náutico se retraiu. O segundo gol parecia questão de tempo, mas Eduardo estava inspirado e impediu as investidas dos atacantes do Rubro-Negro. Anderson Aquino parecia o mais lúcido, e tentou de todas as maneiras: com a esquerda, com a direita, de cabeça... e o goleiro do Timbu evitou um revés ainda maior nos primeiros 45 minutos.

Náutico procura reação, mas Atlético mata o jogo

A quinta derrota seguida do Náutico estava a caminho e o técnico Pintado tentou agir ao apostar no veterano atacante Kuki. O jogador entrou no lugar de Gilmar e mostrou muita vontade nos primeiros lances do segundo tempo. O recuo excessivo do Furacão ajudou os pernambucanos, que passaram a ter mais posse de bola. Ainda assim, o Galatto não foi exigido.

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A única grande chance do Timbu veio com Kuki, aos 13 minutos, quando o avante girou e chutou cruzado. A bola passou perto e assustou. Mesmo rondando a área rubro-negra, o Náutico não conseguia criar novas oportunidades, e o Atlético não conseguia armar um bom contra-ataque. Quando contou com um momento de lucidez, o Furacão quase fez o segundo por intermédio de Rafael Moura, mas Eduardo novamente fechou a meta.

A partida parecia que ficaria complicada para o Rubro-Negro, quando Maurinho fez falta em Márcio Azevedo e, como já tinha cartão amarelo, acabou expulso. Mas engana-se quem pensa que os pernambucanos recuaram. Na chance mais clara na etapa complementar, Antônio Carlos fez lambança na saída de bola e o Náutico aproveitou. Após cruzamento, Felipe chutou de primeira, e Galatto fez um verdadeiro milagre com as pernas, evitando o empate.

Ao não aproveitar as chances escassas de empatar, os visitantes acabaram penalizados com o segundo gol. Aos 35 minutos, Nei cobrou escanteio e Danilo subiu no alto para cabecear e fazer o segundo do Furacão. Com cabeça enfaixada e tudo. Estava consolidada a vitória atleticana, mas o torcedor ainda ganhou ainda mais um "presente": a reestréia de Kelly com a camisa do clube.