Mais uma vez o Atlético foi um dos protagonistas de um jogo emocionante. Em jogo de seis gols, dois pênaltis, expulsões e contusões, o Furacão venceu o São Paulo por 4 a 2, na tarde/noite deste sábado. Na Arena da Baixada, 22.024 torcedores festejaram a vitória rubro-negra.
A emoção foi o ingrediente principal dos 90 minutos de jogo. Os jogadores transpiravam vingança de um lado e soberba de outro. O Atlético entrou em campo com a idéia fixa de conseguir a vitória por dois motivos: buscar a reabilitação no Brasileirão e provar de uma vez por todas que se a decisão da Copa Libertadores de América deste ano fosse disputada na Arena, o título poderia ter ficado em mãos paranaenses.
O São Paulo, principalmente através do seu treinador Paulo Autuori, fez questão de "apimentar" o jogo dizendo que o clima era de muita rivalidade. Apesar da situação calamitosa que o clube paulista está no campeonato, a soberba mais uma vez prevaleceu.
O resultado, goleada do Atlético por 4 a 2, foi o resultado mais justo possível e que pôs um ponto final na rivalidade entre Atlético e São Paulo. Pelo menos até o próximo jogo.
Primeiro tempo
O jogo entre Atlético e São Paulo começou nervoso e tumultuado. As duas equipes, que passaram a semana toda refutando a idéia de que a partida poderia ser uma espécie de revanche, estavam tensas e deixavam o clima de rivalidade evidente.
O jogo seguiu no mesmo clima até os 10 minutos do 1º tempo. Em uma disputa de bola, o zagueiro Alex deu um "carrinho" no meia Fabrício. A falta, violenta, foi punida com justiça pelo árbitro Wagner Tardelli que expulsou o jogador sãopaulino.
O meia Fabrício saiu de maca, aos prantos e foi encaminhado a um hospital com suspeita de fratura no joelho esquerdo. Logo em seguida, o presidente do Atlético Mario Celso Petraglia e o diretor Alberto Maculam desceram aos vestiários e aos gritos partiram para tirar satisfação com o jogado Alex que foi expulso. Depois de alguns gritos e xingamentos, os ânimos se acalmaram. Enquanto isso, o jogo segue tenso.
Depois da expulsão os dois treinadores ajustaram suas equipes taticamente. O técnico Antônio Lopes ordenou que as descidas para o ataque fossem mais exploradas na ala esquerda com Marcão. Enquanto isso, Paulo Autuori recuou a marcação e perdeu a criatividade no meio de campo
Com um jogador a mais, o Furacão dominou completamente as ações ofensivas da partida. Aos 23 e aos 28 o atacante Finazzi desperdiçous duas chances de gol. Na primeira o cruzamento veio da esquerda e percorreu toda a pequena área na frente do camisa 9 atleticano. Na segunda, depois de grande jogada do meia Ferreira, a zaga tirou a bola para escanteio no instante em que Finazzi aparecia para completar par ao gol.
Contudo, para a surpresa de todos no estádio, o São Paulo abriu o placar. Aos 30 minutos do 1.º tempo a bola foi alçada na área atleticana. A zaga bobeou e, depois do bate-rebate, a bola sobrou para o estreante Cristhian. Com oportunismo, o atacante sãopaulino completou para as redes de Diego.
A partida dali, bem como no 1.º tempo todo, as jogadas do São Paulo não ofereciam nenhum perigo ao gol atleticano. O Atlético foi para cima do tricolor paulista e aos 42 minutos alcançou o empate. Na cobrança precisa de uma falta de Jancarlos, Alan Bahia surgiu entre os zagueiros e cabeceou para as redes do goleiro sãopaulino.
Depois de 6 justos minutos de acréscimo, o árbitro apitou o final do 1.º tempo. Na saída de campo, muita confusão e bate-boca entre jogadores e dirigentes de ambas as equipes.
Segundo tempo
Para os 45 minutos finais, o técnico Antônio Lopes fez a sua segunda modificação e colocou o atacante Ricardinho no lugar do meia Evandro. O técnico Paulo Autuori continuou com a mesma equipe.
O Furacão voltou para o 2.º tempo com mais ânimo e vontade. Logo aos 5 minutos da segunda etapa o rubro-negro conseguiu a virada. Numa jogada pelo lado direito do ataque, Alan Bahia foi derrubado dentro da grande área. O juiz não viu, mas o auxiliar Aristeu Tavares acusou a falta e o pênalti foi marcado. Na cobrança, David Ferreira chutou colocado no canto esquerdo do goleiro Rogério Ceni. Foi o 1.º gol do colombiano David Ferreira com a camisa do Atlético.
Perdido em campo, o São Paulo entrou em desespero quando o Atlético ampliou o placar aos 11 minutos. Depois de uma jogada de habilidade, Jancarlos fez o lançamento para o meia Ferreira. Quando todos esperavam o cruzamento, Ferreira chutou forte, rasteiro e rente à trave do goleiro sãopaulino e balançou as redes tricolores pela terceira vez.
Depois do terceiro gol atleticano o jogo se acalmou. As duas equipes seguiram com seus propósitos: o Atlético de segurar o resultado e o São Paulo de não ter propósito nenhum. A maior chance até os 30 minutos aconteceu num cruzamento de Ferreira que Finazzi não finalizou para o gol por questão de milésimos de segundo de atraso.
O Atlético começou a sentir o cansaço no jogo. Jogadores como Marcão e Ferreira diminuíram o ritmo de jogo. O técnico Antônio Lopes fez mais uma modificação tirando o jogador Caetano, que entrará ainda no 1.º tempo saiu de campo para a entrada de André Rocha.
No finzinho do 2.º tempo a torcida rubro-negra foi a loucura. Depois de uma jogada de habilidade, o lateral-direito Jancarlos fez uma linda jogada, driblou o marcador - com bola no meio das pernas e tudo e chutou colocado à direita do goleiro Rogério Ceni. Um verdadeiro gol de placa.
Enquanto ainda comemorava, o São Paulo descontou o placar. Aos 45 minutos o árbitro marcou um pênalti para o tricolor paulista. Na cobrança, já aos 47, Amoroso chutou forte para as redes do goleiro Diego. O gol não serviu para nada, já que o placar, e a vitória rubro-negra, já estavam decretados. Atlético 4 x 2 São Paulo.
Um fato mereceu uma menção honrosa na tarde/noite deste sábado. A arbitragem de Wagner Tardelli Azevedo e seus auxiliares, Aristeu Leonardo Tavares e Hilton Moutinho Rodrigues foi perfeita. Num jogo extremamente polêmico, com faltas, expulsões e dois pênaltis, o trio aplicou a regra fez uma arbitragem exemplar.
Confira a ficha técnica do jogo
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