Nas outras três vezes em que voltava de contusão, Dagoberto ajudou o Atlético a vencer na Arena. Ontem, contra o asa-negra Internacional, nem o retorno do atacante ajudou o time a escapar de mais uma derrota no Brasileiro. Mesmo poupando cinco titulares para a partida de quarta-feira contra a LDU, no Equador, pelas quartas-de-final da Libertadores, o Colorado gaúcho venceu por 2 a 1.
Com o resultado, se consolidou como principal carrasco rubro-negro na Arena. Foi o quinto triunfo dos gaúchos desde a reinauguração do estádio. Um placar que aumentou o jejum atleticano em casa. Quando voltar a jogar diante da torcida, em duas semanas, contra o Goiás, o Furacão terá completado torturantes 101 dias sem ganhar no outrora temido Caldeirão.
A queda também foi o desfecho de uma rodada triste para o futebol paranaense. No sábado, o Coritiba perdeu de 4 a 1 para o Brasiliense; e o Paraná levou 2 a 1 do Fluminense. Ambos os duelos ocorreram fora da capital.
Insatisfeito com o resultado na Baixada e, principalmente, mais uma atuação nada empolgante da equipe, o técnico Givanildo Oliveira cogitou a possibilidade de pedir demissão. Boa parte dos torcedores concordaria. Pelo menos os que gritaram "Fora Givanildo" tão logo o jogo terminou.
Ciente de que a crise poderia voltar em caso de derrota, o treinador havia dito que o Atlético tinha obrigação de vencer para completar a reação iniciada na goleada da semana passada sobre o Botafogo, no Rio de Janeiro.
Para isso, contava com seu maior trunfo desde que assumiu a equipe: Dagoberto. Contrariando as expectativas, mesmo sem estar na melhor condição física o atacante permaneceu em campo durante os 96 minutos. Sem ritmo, ainda não lembra o jogador que conquistou o status de ídolo rubro-negro. Porém, em meio a um time nada criativo, foi o responsável pelos principais momentos ofensivos.
E foram poucos. Na maior parte do tempo, o Atlético ficou passivo perante o ótimo toque de bola do Inter. A primeira meia-hora foi dominada pelo time gaúcho, que abriu o placar com o colombiano Rentería aos 19 minutos e perdeu chances claras de aumentar.
O principal destaque era o ex-atleticano Adriano Gabiru. As coisas melhoraram um pouco para a equipe paranaense quando ele se contundiu e deixou o campo aos 29 minutos. Logo depois veio o empate. Dago bateu escanteio e metade do time adversário furou antes do zagueiro Danilo completar.
O Atlético conseguiu equilibrar as coisas no segundo tempo. Mas faltava força ofensiva para se aproximar do gol de Clemer. Cada vez mais aberto em busca do segundo gol, deu espaços para os contra-ataques adversários.
Num deles Iarley, livre em direção ao gol, foi derrubado fora da área por PauloAndré, que acabou expulso. O pênalti mal marcado complicou de vez as coisas. Jorge Wagner bateu aos 35 minutos e definiu o placar.
Logo em seguida o Colorado teve Perdigão expulso. O Atlético ainda tentou chegar ao empate na base do abafa. Mas não teve jeito, acabou mesmo amargando outra derrota em casa.
Em Curitiba
Atlético 1Cléber; Danilo, Paulo André e Alex; Jancarlos, Alan Bahia, Evandro (Fabrício), Ferreira e Ivan; Dagoberto e Pedro Oldoni (Herrera).Técnico: Givanildo Oliveira.
Internacional 2Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Wellington Monteiro, Perdigão e Adriano (Rafael Sóbis) (Ediglê). Michel e Rentería (Iarley).Técnico: Abel Braga.
Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Luís Marcelo Vicentin Cansian (SP). Gols: Rentería (I) aos 19 e Danilo (A) aos 38 do 1.º tempo; Jorge Wagner (I) aos 35 do 2.º tempo. Amarelos: Alan Bahia e Evandro (A); Jorge Wagner e Perdigão (I). Vermelhos: Paulo André (A) e Perdigão (I). Público pagante: 16.112 (total de 17.980). Renda: R$ 311.370,00.
Alcolumbre e Motta assumem comando do Congresso com discurso alinhado a antecessores
Hugo Motta defende que emendas recuperam autonomia do Parlamento contra “toma lá, dá cá” do governo
Testamos o viés do DeepSeek e de outras seis IAs com as mesmas perguntas; veja respostas
Cumprir meta fiscal não basta para baixar os juros
Deixe sua opinião