Time aproveita "folga" para acertar erros
Sem rodada do Campeonato Paranaense e com a estreia na Copa do Brasil marcada apenas para o dia 4 de março, o Atlético terá uma semana inteira para trabalhar e acertar os principais erros do time. A única novidade confirmada para o clássico de domingo, contra o Paraná Clube, na Arena da Baixada, é a volta do zagueiro Antônio Carlos, que cumpriu suspensão. Para o técnico Geninho, as principais dúvidas repousam nas laterais, no meio-campo e no ataque.
Na direita e na esquerda, Zé Antônio, Alberto, Netinho e Alex Sandro são as opções do treinador rubro-negro, mas nenhum deles conseguiu mostrar uma regularidade. No meio, Geninho pode sacar Ferreira ou Marcinho para a entrada de mais um volante, já que Valencia tem se mostrado sobrecarregado quando a equipe joga com apenas um volante. No ataque, apenas Rafael Moura está confirmado.
O Atlético Paranaense protocolou nesta segunda-feira um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJD-PR) para garantir o cumprimento do artigo 9.º do regulamento do Campeonato Paranaense 2009. Na prática, a medida visa contrariar a tabela da segunda fase, divulgada na semana passada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), e que traz prejuízos ao time mais bem colocado na etapa inicial do torneio. O caso será encaminhado e analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nas próximas semanas.
Segundo o polêmico artigo, a equipe mais bem colocada na primeira fase terá o mando de campo e entra na disputa com dois pontos extras. Contudo, o regulamento não fala em quantas partidas o time com mais pontos terá o mando, o que abre diferentes interpretações, de acordo com o ponto de vista (e interesse) de cada um. O que está claro é que a tabela divulgada pela FPF não mostra vantagens ao clube que ficar na primeira colocação, posição em que o Atlético se encontra e na qual pretende terminar.
"O Atlético está entrando com este recurso para preservar o campeonato. Ou a federação reúne os clubes e estabelece a interpretação do artigo 9.º da competição, a qual deve ser aprovada por unanimidade pelos clubes, ou amanhã ou depois qualquer torcedor pode entrar na justiça e paralisar o Estadual, por esta alteração do artigo", explicou o diretor jurídico do Furacão, Diogo Fadel Braz, à Gazeta do Povo Online.
Na opinião do dirigente rubro-negro, não existe dupla interpretação. "Se houve uma redação equivocada, é uma outra questão. E se ainda assim for este o problema, porque a FPF não chama os clubes e trata do assunto, em um novo arbitral?", questionou Braz.
A federação, por outro lado, não vê erro na tabela divulgada e já recebeu o respaldo do TJD-PR. Ambas as entidades entendem que, dentre os oito times que passam à segunda fase, nada mais justo e óbvio do que os quatro primeiros terem direito a quatro mandos, realizando os outros três jogos fora de casa.
Como já se esgotou a discussão em âmbito estadual, caberá aos auditores do STJD decidir qual interpretação está correta e de acordo com o que prevê o regulamento.
"É esdrúxulo a primeira colocação não ser, no fim das contas, a melhor posição para se terminar a primeira fase. Isto contraria a própria competitividade", opinou o advogado do Atlético, Gil Justen Santana, em entrevista à Rádio Banda B.
A expectativa dos representantes do Atlético é que o caso tenha um desfecho até o dia 25 de março, quando termina a primeira fase do Estadual.
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