Trio celebra conquistas individuais
Carlos Eduardo Vicelli
O triunfo sobre o Flamengo valeu muito ao Atlético. Valeu seguir avistando a América bem de perto, como disse o capitão Paulo Baier. "Não podíamos pensar em outro resultado que não fosse a vitória", ressaltou o experiente armador. Significou, porém, ainda mais para um trio de atleticanos. Neto, o goleiro que vem constantemente sendo convocado por Mano Menezes, brilhou. "Preciso evoluir, estar sempre bem para me tornar titular da seleção", afirmou o camisa 1, já projetando um passo a mais na carreira.
Já Rafael Santos, o zagueiro que não fazia parte dos planos do ex-técnico Carpegiani e virou titular após a lesão de Rhodolfo, se sobressaiu sobre o ataque carioca. "Pensei que nem jogaria mais neste ano. Mas, enfim, passou", cravou.
Por fim, a história de Márcio Azevedo. O lateral-esquerdo não jogava desde 5 de junho, antes ainda da Copa do Mundo, por causa de um edema ósseo no joelho direito. Voltou ontem, sem comprometer. E já deve ser titular no próximo domingo contra o Prudente Paulinho, o atual dono da posição, está suspenso.
Ousadia coloca o Furacão bem mais perto da América
Pressionado pelo objetivo de chegar à Libertadores, Sérgio Soares armou o Atlético para encurralar o Flamengo em Volta Redonda. "Montei um time para ir para cima", disse o treinador, antes de a bola rolar. A opção pelo ataque, estratégia de quem precisa somar ao menos 62 pontos para retornar ao torneio continental, funcionou: vitória por 1 a 0 e a recuperação da 5.ª posição o time foi a 53 pontos.
Contando com a apatia do rival, desconfigurado no sistema com três atacantes idealizado por Vanderlei Luxemburgo, o Furacão dominou o primeiro tempo. Fez 1 a 0 com Paulo Baier, em cobrança de pênalti, mas poderia ter ido para o intervalo com mais folga. Na etapa final, viu, do seu campo, o adversário pressionar, na base da empolgação. O sonho da América está mais perto. (CEV)
A primeira das cinco "decisões" para o Atlético chegar à Libertadores da América do ano que vem foi vencida. No Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o Furacão venceu o Flamengo por 1 a 0, ficando mais próximo do objetivo, subindo da oitava para a quinta colocação, com 53 pontos, dois a menos do que o quarto colocado, Botafogo.A partida teve dois tempos bem diferentes. Na primeira etapa, o jogo foi aberto, com as duas equipes sem medo de atacar. Melhor para o time paranaense, que dominou o confronto e aproveitou para vencer pela primeira vez um duelo com o Flamengo dentro do Rio de Janeiro.
O resultado pelo placar mínimo dá mais tranquilidade para o Atlético tentar voltar a disputar a principal competição do continente. Para chegar lá (mesmo que o campeão da Copa Sul-Americana seja um clube brasileiro), o Furacão precisa de mais três vitórias e um empate nas partidas que restam do Brasileirão.
"Essa vitória nos deu muito mais vida na competição. Até porque, dependemos apenas de nós mesmos para chegarmos à Libertadores", avaliou o goleiro Neto, destaque da partida, ao final do confronto em Volta Redonda.
O gol atleticano chegou ao 39 minutos do primeiro tempo. Após Maldonado cometer pênalti em Nieto, Paulo Baier cobrou forte e rasteiro no meio do gol para se tornar o artilheiro atleticano no Brasileirão, junto com o atacante Bruno Mineiro, ambos com seis gols. O experiente meia também ultrapassou o atacante Washington na história da artilharia do Campeonato Brasileiro. Agora, Baier soma 83 gols, um a mais do que o jogador do Fluminense.
Na segunda etapa, o Flamengo botou pressão na defesa atleticana do começo ao fim, com o time de Sérgio Soares não conseguindo aplicar nenhum contragolpe. A equipe carioca chegava fácil à intermediária atleticana. Mas além de os homens de frente do Flamengo abusarem nas falhas de finalização, a defesa paranaense estava bem-postada.
Mas, sobretudo, o Flamengo não chegou ao empate graças à atuação de Neto. O goleiro, que terça-feira se apresenta à seleção para o amistoso contra a Argentina, dia 17, em Doha, no Catar, fechou a meta paranaense.
A maior prova de que Neto vem merecendo a confiança do técnico Mano Menezes apareceu aos 40 minutos, quando o arqueiro do Atlético fez uma difícil defesa, à queima-roupa, de um chute de Diego Maurício. "O Flamengo abandonou todas as posições no segundo tempo, e mesmo assim conseguimos nos segurar", avaliou Neto ao fim da partida.
Mesma opinião de Paulo Baier. "A gente não encaixou nenhum contra-ataque [no segundo tempo]. Mas o mais importante foi termos vencido, não importa se foi no sufoco ou não", resumiu o capitão.
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