A vitória de virada sobre o São Paulo (4 a 2), no sábado, deixou o Atlético tranqüilo para o princípio do segundo turno do Brasileiro. Apesar do susto com o primeiro gol paulista e da afobação mostrada nos 45 minutos iniciais, o discurso dos rubro-negros é de que a equipe está no rumo certo para finalmente subir na classificação. Até a metade da competição, o melhor posto ocupado pelo Furacão foi o modesto 15.º lugar. Antes, foram oito rodadas como o pior time da Série A.

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"Mostramos que temos condições. Provamos isso a cada partida, com doação e atenção. Não podemos é relaxar. Tanto que sofremos o segundo gol. E, se tivesse mais tempo, o São Paulo poderia complicar", comentou o goleiro Diego.

O técnico Antônio Lopes, que criticou duramente a violência do adversário, também exaltou o comportamento do time. "A equipe voltou a ser aplicada, jogou com inteligência. Valeu a persistência ofensiva, nos projetamos bem à frente. Essa agressividade foi fundamental para a vitória", comentou. "E tomamos dois gols de bola parada. O sistema defensivo funcionou bem", observou.

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Desde o vice da Libertadores, o Furacão não desperdiçou mais pontos em casa, acumulando cinco vitórias. Longe de Curitiba, porém não se encontrou. Concentrado somente no Nacional, venceu o Atlético-MG – sob o impacto da goleada na final do Continental (4 a 0). Empatou outro jogo e perdeu três. Para o returno, Marcão destaca a importância de "achar o equilíbrio para os jogos fora de casa."

Uma análise que não é apenas dele. O lateral Jancarlos gostou do desempenho atleticano no fim de semana. "Temos que manter esse ritmo para o segundo turno". Mas criticou a dupla identidade da equipe. "Só jogamos bem dentro de casa. É a hora de mudarmos isso", falou.

Fechar o turno batendo o São Paulo deu ânimo ao elenco para a fase final. Entretanto, ninguém esquece do fator vingança. "Para os jogadores, foi uma vitória importante na briga contra o rebaixamento. A torcida merecia isso. Para ela é uma prova de que se a final da Libertadores fosse aqui, a história poderia ser diferente", resumiu Marcão.

Contra a Ponte Preta, na quarta-feira, em Campinas, o Brasileiro recomeça para o Furacão. A meta de Lopes é escrever uma história feliz desde o começo. "Fechamos em alta o primeiro turno. Começaremos o returno bem mais fortes do que o anterior", disse o comandante.