Furacão tenta manter ritmo fora

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É estranho para quem conhece a fama da torcida atleticana, mas nesse Campeonato Brasileiro tem sido um alívio para o Furacão jogar fora de casa. Foi no Rio de Janeiro e no Recife que o time conseguiu os seis pontos somados até agora e de São Caetano do Sul espera trazer outra vitória na partida de hoje, às 21h45, contra o Azulão. Só assim o Rubro-Negro se fortaleceria para encarar novamente a cobrança da Arena da Baixada, no próximo sábado, diante do Juventude.

O Atético tem, ao lado do Internacional, o melhor retrospecto entre os visitantes: 66,6% de aproveitamento. Um número marcante, se comparado por exemplo às melhores campanhas na história do Brasileiro. O índice ficou em 47,8% no vice-campeonato de 2004 e 53,3% no título de 2001.

A necessidade de manter os bons resultados em território inimigo se torna mais forte na medida em que o time perdeu a capacidade de aproveitar a força de seu Caldeirão. Já são mais de três meses e meio sem qualquer vitória em casa (três empates e quatro derrotas).

No Brasileiro, vexames contra Fluminense, Internacional e Goiás e nenhum ponto conquistado. Um grande problema para quem já foi chamado até de "time de pijama" e sempre recorreu ao fator casa nos momentos complicados.

Desde que a Arena foi inaugurada, em 1999, o Rubro-Negro nunca deixou de conquistar mais da metade dos pontos disputados no estádio. O pior aproveitamento, 53,8%, foi na Copa João Havelange de 2000.

"Se estamos ganhando em outras cidades, temos de manter isso contra o São Caetano. Mas temos que dar um jeito de voltarmos a ser fortes na Arena a partir de sábado", discursou o zagueiro Danilo.

Argumentos

Os problemas emocionais do elenco, amenizados fora de casa, são o principal motivo alegado pelos próprios jogadores para uma inversão tão acentuada nos números. Mas a qualidade dos adversários também deve ser levada em consideração. As duas vitórias do Furacão foram sobre times que estão abaixo dele na tabela, Botafogo e Santa Cruz. Mesmo longe de Curitiba, perdeu quando teve pela frente uma equipe mais forte, o Santos.

Um ponto favorável no jogo de hoje é o fato da equipe do São Caetano ser um dos seis times de pior campanha que o Atlético. As duas equipes estão com seis pontos, mas os paranaenses levam vantagem no saldo de gols.

O ciclo de vitórias fora e decepções na Arena vem se arrastando há quatro rodadas e mantendo o técnico Givanildo Oliveira na corda-bamba. Mas a esperança da torcida rubro-negra é de que não termine hoje e sim no reencontro com o time, sábado, 108 dias depois da última vitória em casa.

São Caetano x Atlético, 21h45, na Globo/RPC

Em S. Caetano do Sul

São CaetanoLuiz; Gustavo, Luisão e Thiago; Anderson Lima, Zé Luís, Mussamba, Élton e Cláudio; Fabiano Gadelha e Fábio Luís.Técnico: Nelsinho Baptista.

AtléticoCléber; Danilo, Paulo André e Alex; Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Evandro e Ivan; Ferreira e Herrera.Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Anacleto Campanella; Horário: 21h45; Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA); Auxiliares: Alessandro Rocha (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).