FICHA TÉCNICA: Confira a ficha do jogo e os principais lances da vitória atleticana
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Goleadas acachapantes costumam ser chamadas de "surra", "chocolate", "lavada" e outros termos menos honrosos. Ao torcedor do Atlético Paranaense, cabe a escolha de qual a melhor definição para a goleada de 8 a 0 do Furacão sobre o Serrano, na noite deste sábado, na Arena da Baixada. Em seu terceiro jogo no Estadual, o Rubro-Negro somou a sua primeira vitória na temporada e se reabilitou em grande estilo.
Mais do que isso. Os atleticanos conseguiram igualar a maior goleada no Joaquim Américo desde 1999, quando o estádio foi reinaugurado. Em 11 de março de 2007, o clube aplicou outro 8 a 0, naquela ocasião sobre o Iguaçu. Nesta, o sonho do time de Prudentópolis em complicar a vida do Furacão e somar algum ponto fora de casa durou meros cinco minutos. Um banho de bola e uma enxurrada de gols vieram a seguir.
Duas jogadas iniciadas por Netinho e concluídas por Alan Bahia abriram o marcador para os donos da casa. Sobrou espaço para Márcio Azevedo e Bruno Mineiro anotarem no primeiro tempo. Na etapa complementar, novamente sem muito esforço, o Rubro-Negro fez mais quatro gols, com Netinho, Marcelo, Bruno Mineiro e o jovem Bruno Furlan, que entrou na parte final de partida.
O nono gol passou perto, mas ao torcedor atleticano, antes desconfiado, ficou a alegria de uma jornada próxima da perfeição. Agora em terceiro na tabela, com quatro pontos, o Furacão já pensa no jogo de quarta-feira, às 21h45, diante do Cascavel no Olímpico Regional. Já o Serrano terá de juntar os cacos e tentar a reabilitação, também na quarta-feira e fora de casa, às 20h10, contra o Toledo.
Frágil, Serrano é arrasado pelo Furacão em apenas 45 minutos
Nem mesmo o atleticano mais otimista esperaria ver um placar tão dilatado logo no primeiro tempo de Atlético e Serrano. A fase dos rubro-negros não era boa, mas tudo o que o time poderia pedir neste momento é por um jogo fácil, algo que o time de Prudentópolis tratou de providenciar desde os primeiros lances na Arena da Baixada. Marcando forte, o Serrano esboçou endurecer, mas durou pouco.
Na primeira chegada do Furacão, aos cinco minutos, o primeiro zero saiu do placar. Netinho levantou bola na área em cobrança de falta e Alan Bahia, de ombro, mandou para as redes do goleiro Val. O tento deu mais tranquilidade ao Rubro-Negro, que até cedeu campo para os visitantes tocarem a bola e arriscarem lançamentos, totalmente descalibrados e sem nenhum trabalho ao arqueiro Neto. Foi forçar mais um pouco e veio o segundo.
Como um verdadeiro replay do primeiro, Netinho alçou bola na área aos 24 minutos e Alan Bahia, agora de cabeça, fez mais um para o Atlético. Estava fácil, a torcida fazia festa nas arquibancadas e a equipe de Antônio Lopes ia dominando as ações. A fragilidade do Serrano, fraco em todos os setores do campo, ajudou, mas o Furacão é quem fez a partida ficar fácil. Seis minutos a mais e lá veio o terceiro.
Apagado no jogo, Bruno Mineiro tabelou com Márcio Azevedo e o lateral cabeludo entrou na área como quis, passou pela marcação e bateu de perna direita, que não é a boa, para anotar o 3 a 0 parcial. O time de Prudentópolis poderia ter diminuído em seguida com uma chance clara, mas a arbitragem marcou um impedimento inexistente e prejudicou os visitantes. Como quem não tem nada com isso, os atleticanos não tiveram piedade e a goleada aumentou.
O zagueiro Índio tinha a bola dominada, quis sair jogando e perdeu para Bruno Mineiro. Em sua primeira jornada como titular, o atacante não desperdiçou, entrou na área e fez o quarto, para delírio dos torcedores rubro-negros. Apresentação de gala? Longe disso, já que o adversário não mostrou qualquer resistência. Mas que a vitória dilatada era tudo o que o time precisava, todos os jogadores concordaram. "Fizemos o jogo ficar fácil, temos que voltar com o mesmo ritmo e fazer ainda mais gols", adiantou Alan Bahia antes de ir para os vestiários.
"Quatro vira, oito ganha"
O Serrano voltou para o segundo tempo com um atacante no lugar de um zagueiro, o que mostrava a tática "kamikaze" dos visitantes, de tentar diminuir o revés ou sofrer ainda mais gols. A alteração do técnico Carlos Nunes, porém, em nada alterou o panorama do jogo. Quando quis, o Atlético chegou ao quinto gol. Em jogada individual, Márcio Azevedo entrou na área e foi empurrado. O árbitro Leomir França Cuque marcou a penalidade e, embora a torcida pedisse por Alan Bahia, Netinho cobrou e anotou, com direito a pirueta.
A festa nas arquibancadas já era grande e o Furacão controlava as ações como queria. Mais uma jogada individual e veio o sexto. Marcelo, como atacante após a saída de Wallyson, arrancou em velocidade, ganhou de Índio e fez na saída de Val. Os torcedores, alguns adeptos dos bate-bola com os amigos nos períodos de lazer, pediam pelo menos mais dois gols, no melhor estilo "quatro vira, oito ganha".
Obedientes, os atleticanos trataram de construir as chances para mais duas bolas na rede. O sétimo saiu da cabeça de Bruno Mineiro, que aproveitou bem o escanteio e mandou para o gol, sem antes a bola resvalar em Índio e Alan Bahia. O jovem Bruno Furlan, atacante da base que subiu recentemente ao profissional, entrou na reta final de partida e mostrou personalidade, tentando marcar um golaço do meio-campo em sua primeira jogada.
O garoto seguiu insistindo e foi coroado aos 37 minutos, com uma bomba da entrada da área, fechando a goleada de 8 a 0. O nono passou perto, assim como o gol de honra do Serrano, em cobrança de falta de Joel, muito bem defendida por Neto, uma das testemunhas do primeiro momento de felicidade dos rubro-negros em 2010.
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