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Alan Johnston acena após ser libertado | AFP PHOTO/AWAD AWAD
Alan Johnston acena após ser libertado| Foto: AFP PHOTO/AWAD AWAD

Passado é passado

Questionado pela reportagem da Gazeta do Povo Online sobre o histórico polemico e conturbado do empresário Aurélio Almeida tem no futebol estadual, o deputado Jocelito Canto desconversou.

"Eu não sei de nada disso. O Operário está tentando se organizar. Passou por momentos difíceis também, mas fizemos um bom campeonato, com o time bem organizado e que pagou os salários em dia. Esta parceria pode dar certo. Tenha certeza de que faremos uma coisa correta, com o intuito de preservar sempre a torcida do Operário. É uma das torcidas mais vibrantes e fiéis do estado e é esse amor do torcedor que nos motiva a buscar algo melhor para o Operário".

Uma nova fusão de clubes – nos mesmos moldes da realizada pelo Galo Maringá e Adap, em novembro do ano passado – pode movimentar o futebol paranaense nos próximos dias. O proprietário do "time nômade" Real Brasil, Aurélio Almeida, e o deputado estadual Jocelito Canto, representando o Operário Ponta Grossa, devem definir a parceria que trará o "Fantasma" para a elite do futebol paranaense quatro anos depois.

No começo da semana uma reunião entre diretorias deu o pontapé inicial da idéia. "Estamos fazendo uns levantamentos e tendo conversas com a direção do Real e já tivemos uma reunião preliminar. A idéia é fazer uma parceira entre os clubes e vamos continuar as conversas nesta semana. Está bem adiantada, tanto é que o Operário já cedeu o estádio para eles jogares neste final de semana", explicou Canto, que foi contratado para gerir o futebol do Operário.

O supervisor de futebol do Real, Altair Ferreira, explica que a fusão é legal. "Como o Real Brasil é uma sociedade anônima (S.A.) a Lei Pelé este tipo de alteração contratual. Aconteceu a mesma coisa com o Galo Maringá e a Adap. O Aurélio (Almeida, dono do Real Brasil) chega do México nesta quinta-feira e voltamos a nos reunir com o pessoal do Operário neste fim de semana. A proposta já foi formalizada".

A "fusão" entre as equipes seria apenas no time profissional, ou seja, as categorias de base de ambas as equipes permaneceriam independentes.

Analisando os interesses individuais de cada uma das equipes, o Real Brasil – que a cada jogo pena para encontrar um estádio que lhe sirva de "casa" – teria um bom estádio (Germano Krügger, em Ponta Grossa) e uma torcida apaixonada, que mantém uma média de quase 4 mil torcedores por jogo. Já o tradicional Operário Ferroviário conseguiria, mesmo que não tenha sido no gramado, a sua tão sonhada volta à 1.ª divisão.

"A estrutura e a torcida serão fundamentais. O futebol é caro, com taxas e arbitragem e tudo mais. O Real Jogou lá por uma vaga na Divisão de Acesso e mais de 5 mil pessoas foram ao jogo. Já temos o apoio da crônica esportiva local e também do torcedor pontagrossense", explicou Ferreira, dirigente do Real. "Para Ponta Grossa é muito bom. Vamos discutir ainda e debater o assunto, mas para nós voltar para a 1.ª divisão seria um espetáculo. Muito bom para o torcedor", disse Canto.O "novo" time

Como as conversas foram preliminares, apesar da mútua intenção de resolver o assunto já neste fim de semana, questões como o nome e as cores do novo time ainda ficaram pendentes. "Isso tudo vai ser tratado ainda. Naturalmente vamos puxar para o Operário, que já tem uma tradição e uma grande torcida. Pode ser Operário Real, Real Operário, enfim. O Operário é um nome forte".

A parceria diz respeito apenas ao time profissional. "O Real Brasil tem um projeto muito grande de escolinhas de futebol e isto não seria envolvido no projeto", disse Ferreira. Diferente do Real, que sequer tem uma sede fixa, o Operário conta com boa estrutura de alojamentos para jogadores, campos de treinamento e um estádio de excelente apelo popular na cidade.

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