Antes do encerramento do Campeonato Brasileiro de 2004, muitos catarinenses apimentaram a rivalidade com os gaúchos, afirmando que Santa Catarina teria mais representantes na elite do futebol brasileiro no ano seguinte que o Rio Grande do Sul (três contra dois). Mas o fim de ano foi negativo para o estado, com o rebaixamento do Criciúma e a derrota do Avaí na última rodada do quadrangular final da Série B.

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O ano de 2005 também não tem sido favorável para o futebol catarinense. Único representante estadual na Série A, o Figueirense ocupa a penúltima colocação do Brasileirão e corre sério risco de rebaixamento. O Criciúma, que chegou a liderar a Primeira Divisão em 2004, está virtualmente rebaixado pelo segundo ano seguido. O time está em penúltimo lugar na Série B e só um milagre impedirá que tenha que disputar a Série C em 2006.

Divisão em que está o Joinville, clube com mais títulos estaduais a partir dos anos 70 (12). A exceção no momento é o Avaí, que tem chances de avançar para a segunda fase da Série B.

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Dirigentes, torcedores e jornalistas tentam encontrar as razões para o mau momento vivido pelo futebol local.

Principal jogador do estado na atualidade, o lateral-esquerdo Michel Bastos acredita que os times catarinenses estão bem estruturados e que os maus resultados são algo passageiro.

- Em termos de estrutura, os grandes clubes daqui estão bem. O Figueirense não deve nada aos outros clubes que estão na Primeira Divisão. O clube paga em dia e tem um centro de treinamento bem montado.

Bastos afirma que o atual clube tem uma estrutura melhor que a do Grêmio, pelo qual atuou antes de se transferir para o Figueirense.

O jornalista Luiz Gustavo Soares, editor da RBS TV Florianópolis, acredita que os maus resultados tem relação direta com a administração do clubes.

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- O Criciúma foi campeão estadual em 2005 e acreditou que possuía um elenco capaz de ir bem na Série B. Mas as competições são totalmente diferentes. Já o Figueirense fez algumas contratações de impacto, mais de marketing, como Edmundo, que garantiram até um retorno de imagem. Mas sozinho, ele não consegue fazer muita coisa. E contratou jogadores que eram reservas em clubes da Série C.

Luiz Gustavo reconhece que a torcida catarinense está desanimada, diante do sério risco do estado deixar de estar representado na Série A em 2006.