O substituto
Voltar à Vila atrai Zetti
Nome mais forte para assumir o Paraná, Zetti está atualmente sem clube. Mas se a diretoria quiser ter novamente o treinador na Vila deverá se apressar. "Estou indo amanhã (hoje) para Itu acertar com o Ituano. Eles ligaram para mim no sábado para fazer a proposta", disse Zetti, que confirmou que até a noite de ontem não havia sido contactado pela diretoria paranista.
"Se houver alguma proposta, acharia bem interessante. Porque no Paraná há um projeto que vai, pelo menos, até dezembro." No Ituano, Zetti teria, a princípio, um trabalho de dois meses (sete jogos). "Eles querem classificar entre os quatro e me procuraram", explicou o ex-goleiro.
Em 2007, Zetti chegou ao Paraná para a Libertadores. Levou o time às oitavas-de-final do torneio continental e foi vice-campeão estadual, perdendo em casa a final para o Paranavaí. No Brasileiro, deixou o time logo nas primeiras rodadas, para assumir o Atlético-MG. O Paraná acabou o ano rebaixado. (CC)
Aos 34 minutos do segundo tempo, Paulo Comelli andava de um lado para o outro, cabisbaixo, como se não soubesse mais o que fazer à beira do campo. Com o resultado de 2 a 0 no placar a favor do Nacional, o técnico paranista sabia que sua situação já insustentável obrigatoriamente tomaria outro rumo. E foram necessários apenas alguns minutos de reunião com a diretoria para o clube anunciar o que já era aguardado há algum tempo: Comelli não é mais o treinador do Paraná Clube. Zetti, técnico da equipe no primeiro semestre de 2007, é o nome mais cotado para assumir o time.
"Futebol é resultado e infelizmente nós não o obtivemos. Não adianta criar oportunidades e não fazer gols. Está sendo assim durante todo o campeonato, então não adianta mais eu ficar", explicou Comelli, que deixou o cargo à disposição assim que o jogo acabou.
O presidente do clube, Aurival Correia, chegou a dizer que haveria mais conversas e reuniões. "Temos que ter muita calma. Vamos voltar para Curitiba e amanhã (hoje) cedo faremos uma reunião. Mas providências vamos ter que tomar porque o futebol que foi apresentado hoje (ontem) foi vergonhoso", disse Correia, que mudou o discurso já no começo da noite. "A situação realmente está insustentável e ele (Comelli) vai sair". O presidente ainda admitiu que achava que a partida seria "fácil", devido ao bom começo de jogo por parte do Tricolor.
O Paraná teve como novidade o zagueiro Jonathas (no lugar de Élton). O esquema tático mudou do 352 para o 442, adotado durante todo o segundo tempo. Mas a dose de ousadia de Comelli teve efeito reverso e o Paraná deixou à mostra novamente a falta de qualidade de seu elenco, já que contou com a sorte para escapar de uma goleada.
E "vergonha" também foi a palavra utilizada por Comelli para tentar explicar a atuação pífia de seu ex-time. "Foi uma vergonha ver como a equipe se portou em campo. Sentimos muito o gol que tomamos e erramos demais", explicou o agora ex-treinador paranista.
Na 12ª colocação na tabela, as contas do Tricolor agora caminham mais para evitar um possível rebaixamento do que para entrar no grupo dos oito classificados. Os próximos compromissos do Paraná são o clássico contra o Coritiba, na quarta-feira, e o Rio Branco, no sábado. Sem Paulo Comelli.
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