O técnico Tite continua no comando da seleção brasileira. A CBF oficializou a renovação de contrato nesta quarta-feira (26) e o treinador já projeta o trabalho para a Copa do Mundo do Catar, em 2022.
Com a queda do time nas quartas de final na Rússia, ele reinicia o seu trabalho à frente do Brasil precisando recuperar atletas e com a obrigação de abrir espaço à geração de jogadores que está surgindo. Terá de melhorar em relação ao que foi na Copa do Mundo.
“Entendo que a CBF nos deu as condições para construir um ambiente de união e de profissionalismo extremo e assim continuaremos. É um grande desafio e estamos felizes em enfrentá-lo, já com o foco voltado aos próximos jogos e competições”, disse, após a renovação.
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Veja dez desafios de Tite até 2022:
Tite assumiu uma seleção em crise em 2016. Bombardeado por denúncias envolvendo a sua gestão, o ex-presidente da CBF Marco Polo del Nero não quis arrumar mais encrenca e acertou com o único técnico que contava com apoio da torcida. Assim, Tite se viu à vontade para impor o seu trabalho. Agora vai ter de batalhar pela concordância do futuro presidente, Rogério Caboclo, a cada projeto.
O trabalho bem feito nas Eliminatórias fez do treinador uma quase unanimidade. Não é mais assim. Enquete do Estado apontou que o técnico conta com a aprovação de 72% dos torcedores. Nesta quarta-feira, muitas pessoas nas redes sociais criticaram a renovação de contrato do técnico, acusando-o de formar “panelinhas”.
Além do conhecimento tático, Tite é elogiado por jogadores pelo estilo protetor. O problema é que isso às vezes inclui manter na equipe atletas que estão deixando a desejar - foi assim na Copa do Mundo. Mudar o time pela necessidade urgente do resultado precisa entrar no radar.
Jovens como Vinícius Júnior (Real Madrid), Lucas Paquetá (Flamengo) e Arthur (Barcelona) deverão ganhar uma chance já na convocação para os amistosos de setembro. Além disso, Tite também terá de garimpar novos laterais, especialmente pelo lado direito.
O técnico terá de recuperar jogadores que foram mal na Rússia e têm potencial para o Catar. Gabriel Jesus é um deles. Além disso, Philippe Coutinho passa por fase de adaptação no Barcelona e, claro, há a questão de Neymar.
Tite terá de repensar o tratamento dado ao atacante. O excesso de proteção a ele não ajudou e nem se justifica. O mais caro atleta da história deixou de figurar na lista dos 10 melhores do mundo. Tite terá papel importante na recuperação.
Daniel Alves e Thiago Silva foram os mais próximos do que se pode chamar de líder dentro da seleção desde que Tite assumiu. Mas, adepto do rodízio de capitães, o treinador não conseguiu fazer com que um jogador se destacasse nessa função. Dar à equipe um capitão incontestável parece inevitável agora.
A seleção foi à Rússia como uma das favoritas ao título. Foi assim entre torcedores, foi assim no meio do futebol e foi assim entre a comissão técnica. Mas o futebol aquém do esperado e a queda nas quartas devolveram aquela sensação de que o futebol brasileiro ficou para trás.
A competição não tem muito apelo, mas Tite sofrerá grande pressão se não levar o Brasil ao título em 2019. Além de ser disputada no País, a seleção não vence a competição desde 2007.
A Copa do Mundo demonstrou mais uma vez que o futebol europeu está à frente do sul-americano. De nada adiantou o Brasil sobrar nas Eliminatórias se os quatro semifinalistas foram países do Velho Continente. Preparar-se para o Mundial do Catar superando equipes de bom nível da Europa é fundamental.
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