O primeiro grito de empolgação no novo estádio do Palmeiras não foi um gol, mas sim uma defesa de Marcos, em chute do volante Célio, que atuou pelo Palmeiras nos anos 1980.
Com direito a gol inaugural de Ademir da Guia, cobrando pênalti, e xingamentos à presidente Dilma Rousseff, a torcida do Palmeiras viu neste sábado seu primeiro jogo na nova casa, após intervalo de quatro anos.
Jogadores do passado se reuniram para homenagear o maior camisa 10 em 100 anos de história alviverde. O mote deste segundo evento-teste no estádio foi a despedida oficial do craque, que ficou conhecido como Divino.
Discursos de Walter Torre, presidente da construtora responsável pela reforma do estádio, e do presidente Paulo Nobre, que recebeu algumas vaias, deram início ao evento. "Que os deuses do futebol abençoem essa casa", rogou o presidente do clube.
Sob muita emoção, Ademir, que jogou no Palmeiras entre 1961 e 1977, agradeceu à organização do evento e ao filho, Ademir Filho, que lhe entregou uma placa comemorativa pela data.
O primeiro toque na bola foi de Ademir para Evair, às 11h20. Ademir precisou cobrar dois pênaltis para fazer o primeiro gol da arena. O primeiro foi cometido propositalmente por César Sampaio, capitão na conquista da Libertadores de 1999, sobre Denilson, campeão paulista de 2008.
Ademir, de camisa branca, bateu no canto baixo esquerdo do goleiro Sérgio, campeão paulista de 1993. Mas a bola explodiu na trave.
O anticlímax foi dissolvido minutos depois. Em jogada de Cafu, campeão paulista de 1996, Marcos cometeu pênalti. Ademir trocou de camisa com Cafu e bateu no canto direito para inaugurar o placar.
Na arquibancada, faixas com os dizeres "Fora, Gambá!" provocavam o arquirrival Corinthians, que seria o adversário do clube, horas mais tarde, pelo Campeonato Brasileiro.
A partida terminou empatada em 3 a 3. Mas isso importava pouco no dia em que o Palmeiras ganhou sua nova casa. "A festa foi para vocês", dedicou Ademir à torcida, ao término do jogo.