Dirigentes do Al Wasl garantiram nesta quinta-feira (3) que o técnico Diego Maradona se comprometeu a cumprir até o fim o contrato de dois anos que firmou com o time árabe, depois de repetidamente ter ameaçado sair do clube se não forem contratados vários novos jogadores para a próxima temporada.
O Al Wasl informou que a diretoria do clube realizou uma reunião de três horas com Maradona na última quinta-feira, quando o ex-jogador argentino reconheceu que suas "recentes explosões não foram pelo melhor interesse da equipe" e ainda prometeu que não deixará o comando do time "sob quaisquer circunstâncias".
Maior astro da história do futebol argentino e um dos melhores jogadores de todos os tempos, Maradona assinou um contrato de dois anos com o Al Wasl em maio do ano passado. Atraído pelo salário milionário que pesou muito para ele seguir a sua carreira de técnico em um centro pouco prestigiado, o ex-meia admitiu frustração com o fato de o clube não ter conseguido contratar jogadores que, na opinião dele, permitiriam ao time ser mais competitivo e vencedor.
Em crise com o seu treinador, O Al Wasl hoje ocupa a sétima colocação da Liga dos Emirados Árabes Unidos. E, apesar de Maradona ter cobrado por reforços com frequência, o clube anunciou que irá avaliar a possibilidade de fazer novas contratações apenas em um futuro próximo, em data a ser definida.
No final de março, Maradona chegou a se envolver em uma confusão na qual precisou ser contido por seguranças após pular o alambrado para brigar com torcedores rivais, que insultavam esposas e noivas dos jogadores do seu time. Na ocasião, ele chamou de "covardes" os torcedores do Al Shabab, que ofenderam as mulheres durante a derrota de 2 a 0 da sua equipe para o time dirigido pelo brasileiro Paulo Bonamigo.
Maradona ainda se envolveu em outros incidentes nos Emirados Árabes Unidos, onde teve desentendimentos com treinadores rivais e viu seu goleiro ser suspenso por 17 partidas após agredir um técnico adversário.
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