O brasileiro João Havelange, presidente da Fifa entre 1974 e 1998, morreu nesta terça-feira (16) aos 100 anos. A morte foi confirmada pelo Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde se encontrava internado com problemas pulmonares.
“Nossos pensamentos estão com a família e os amigos de João Havelange neste momento triste. O COI deu seu consentimento a um pedido do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 para permitir que a bandeira brasileira ondeie a meio mastro durante o dia nas instalações olímpicas”, declarou o Comitê Olímpico Internacional em um comunicado.
A CBF anunciou luto oficial de sete dias e um minuto de silêncio antes das partidas do Campeonato Brasileiro pela morte de João Havelange, 100, nesta terça (16).
Havelange comandou a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF) entre 1958 e 1975. Em 1974, foi eleito presidente da Fifa, cargo que ocupou por 24 anos.
“Com extremo pesar, a Confederação Brasileira de Futebol, sua Diretoria e seus funcionários despedem-se de João Havelange”, afirmou a CBF na nota em que decreta “luto oficial de sete dias, com bandeiras hasteadas a meio mastro. Na próxima rodada dos campeonatos em andamento, será respeitado um minuto de silêncio antes de todas as partidas.”
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Leia a matéria completaTrajetória
Antes de ser conhecido mundialmente como presidente da Fifa, Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange atuou em vários ramos do esporte, inclusive tendo começado a sua trajetória como um atleta de sucesso. Nascido no dia 8 de maio de 1916, no Rio de Janeiro, João Havelange é filho de um belga que morava no Brasil e comercializava armas. No entanto, ele seguiu um caminho bem distinto do pai: foi atleta do polo aquático.
Polêmico, Havelange foi presidente de honra da entidade até 2013 e figura importante para que o Rio ganhasse, em 2009, o direito de sediar a Olimpíada de 2016.
Halevange também presidiu a CBD (Confederação Brasileira de Despostos, antecessora da CBF) – que na época congregava 24 esportes – de 1958 a 1974.
Havelange também se dedicou a trabalhos filantrópicos internacionais, ganhou prêmios por isso e foi cotado para ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Por outro lado, teve o seu nome envolvido em um escândalo de corrupção, da ISL, antiga parceira da Fifa, junto com o seu ex-genro Ricardo Teixeira.
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