A Uefa divulgou comunicado oficial nesta segunda-feira (30) para revelar que recebeu dos governos de Polônia e Ucrânia a garantia de que estes dois países proporcionarão segurança a torcedores e jogadores durante a Eurocopa 2012, que será sediada conjuntamente por ambos a partir de 8 de junho.
As recentes preocupações quanto à segurança estão relacionadas a um ataque terrorista que atingiu a cidade Dnipropetrovsk, no leste da Ucrânia, na última sexta-feira (27). Na ocasião, pelo menos 27 pessoas ficaram feridas numa série de explosões.
Além disso, cresce a pressão política contra o governo ucraniano. Tudo porque a ex-presidente Yulia Tymoshenko, presa num julgamento considerado político pela comunidade internacional, acusa o governo local de ter sido agredida na prisão. Em protesto contra o tratamento reservado à líder da Revolução Laranja, o presidente alemão Joachim Gauck e o comissário de Justiça da União Europeia, Franco Fratini, já recusaram o convite para participar da cerimônia de abertura da Eurocopa.
Neste segunda, o presidente da Uefa, Michel Platini, recebeu na sede da entidade, em Nyon (Suíça), representantes dos governos, dos comitês organizadores e os presidentes das confederações nacionais de Polônia e Ucrânia. Ali, ouviu "garantias por parte dos governos dos dois países que serão tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança de todos os visitantes, desde adeptos aos jogadores participantes", conforme relata em nota.
Ainda de acordo com o comunicado, a Uefa alertou a delegação ucraniana sobre as preocupações levantadas quanto à situação política na Ucrânia entre os políticos europeus e na imprensa. "Apesar de a Uefa ser uma organização desportiva que nunca interfere em assuntos políticos, a Uefa questionou a delegação ucraniana para fazer chegar às autoridades competentes esta sua mensagem de preocupação", explica a nota, em claro aviso ao governo ucraniano.