A estreia do JMalucelli no Paranaense de 2017 será especial. Pelo menos para o lateral-esquerdo Héracles. Mais de três anos depois de quase ter a perna amputada, o atleta de 24 anos fará a tão esperada retomada na carreira. O Jotinha recebe o Cascavel no dia 29 de janeiro, às 17h.
“Somente a possibilidade de voltar à ativa já me deixa feliz demais”, conta o jogador revelado pelo Atlético. Após o duro processo de recuperação, entretanto, Héracles mantém os pés no chão. “Meu foco total é de recuperar a carreira mesmo. Voltar a jogar futebol de uma forma consistente”, explica.
O lance fatídico aconteceu em 25 de outubro de 2013, na vitória do Avaí por 3 a 0 sobre o Bragantino, pela Série B. Aos 20 minutos do segundo tempo, Héracles, que defendia os catarinenses, dividiu com o volante Graxa, do Massa Bruta. O adversário entrou com o pé por cima da bola, com violência, atingindo o joelho esquerdo do lateral.
A falta resultou no rompimento de três dos quatro ligamentos do joelho de Héracles. Uma das artérias da região poderia ter sido rompida. Neste caso, seria necessária uma cirurgia de emergência, com risco de amputação da perna.
“Foi muito difícil, um trauma muito forte. Envolveram muitas cirurgias e dificuldades. Foram uma batalha e aprendizado muito grandes”, relembra Héracles. “Meus familiares foram muito importantes, assim como a competência dos médicos e fisioterapeutas. Fui muito bem amparado”, conta.
O processo de recuperação contou com o auxílio crucial de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, que abriu as portas do clube para o atleta. “Sou muito agradecido ao Petraglia e ao Atlético, sempre me forneceram tudo o que precisei”, relembra.
Héracles garante que perdoou Graxa já em 2013. O adversário ligou para pedir desculpas. Outros atletas do futebol brasileiro, como o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira, o lateral-direito Nei e o atacante Maikon Leite prestaram apoio. Assim como o meia Cléber Santana. Amigo pessoal de Héracles, Santana foi uma das vítimas da tragédia da Chapecoense.
“Nossas famílias são muito amigas. Tínhamos uma relação muito boa e aí teve essa tragédia. Mas creio que Deus sabe de todas as coisas. Era um cara rodeado pela família e amigos, que amava jogar. Isso trazia consequências muito boas para o futebol”, lamenta o lateral, cujo contrato com o Jotinha se encerra ao final do Estadual.
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