Atlético, Coritiba e Paraná se uniram para tentar aprovar um projeto de lei para liberar o comércio de cerveja nos estádios do Paraná já no Estadual de 2016, que começa em 30 de janeiro. Uma reunião na tarde desta segunda-feira (23), na presidência da Assembleia Legislativa do Paraná, contou com a presença dos atuais presidentes de Atlético e Paraná, Mario Celso Petraglia e Luiz Carlos Casagrande, e do diretor executivo do Coritiba, Mauricio Andrade. Além dos representantes dos três clubes da capital, participaram também os mandatários do Rio Branco, Thiago Campos, e do Londrina, Sérgio Malucelli – este último por telefone.
Segundo o presidente do clube de Paranaguá, a proibição da bebida alcoólica causou um afastamento dos torcedores das praças esportivas paranaenses e diminuiu as receitas dos clubes do estado.
“No nosso caso, caiu muito a média de público depois da proibição da venda. O público tem sido cerca de 50 a 60% menor, principalmente pelas características do Litoral, que é bastante quente. Para os clubes da capital, tem também a perda de patrocínios, de receitas”, afirmou Campos.
O veto à cerveja começou em 2008, ano em que foi proibido o consumo em praças esportivas graças a um acerto entre a CBF e o Conselho Nacional dos Procuradores de Justiça, e que foi posteriormente oficializado em 2010, com a inclusão da sanção no Estatuto do Torcedor.
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A nova tentativa de liberação da cerveja promete reacender polêmicas, como as vistas em setembro deste ano. A primeira movimentação dos clubes para aprovar a pauta foi feita diretamente na Câmara Municipal de Curitiba, por meio do vereador Pier Petruzzielo (PTB), mas a tramitação do projeto municipal parou no “segundo turno” de votações devido a pressões exercidas sobre o legislativo municipal pelo Ministério Público e pelas polícias Cívil e Militar. Até mesmo o arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, manifestou-se contrário à volta da bebida aos estádios.
Segundo o presidente do Rio Branco, os argumentos contrários à liberação, principalmente de que o consumo de bebidas provocaria um aumento nos índices de violência, não podem ser levados em consideração porque muitos torcedores bebem fora do estádio.
“Ao contrário do que se diz, nota-se os bares ao redor dos estádios sempre cheios, alguns encostam seus carros próximos com o porta-malas cheio de cerveja ou outras bebidas mais pesadas. Eles já entram em situação bastante ruim e isso sim pode acabar provocando alguma situação complicada”, relatou o dirigente.
Apesar da urgência com que pretendem aprovar a liberação da cerveja, os dirigentes ainda não tem uma resposta do legislativo estadual sobre quando o projeto entraria em pauta o projeto dos clubes, mas o presidente do Leão da Estradinha garante já ter apoio suficiente para levar adiante a ideia. “Foi bastante proveitosa [a reunião]. Vários parlamentares manifestaram apoio à nossa reivindicação. Ainda está sendo discutido e redigido o projeto, então não dá para dizer quando entra em pauta ou vai para o plenário mas esperamos que entre logo para que seja aprovada já para o Paranaense”, declarou.
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