Ao lado de Bahia e Santos, Atlético e Coritiba negociam em bloco a venda dos direitos de transmissão pay-per-view (referente às temporadas 2019-2024) para o Esporte Interativo. O canal, com o qual os quatro times já fecharam o pacote de televisão fechada para o mesmo período, busca também um possível acordo para a plataforma PPV.
“É importante esse pacto de confiança do Esporte Interativo com os clubes. Temos de ter compromisso. Vamos dizer assim, que o inquilino tem preferência para continuar alugando uma casa. Estamos tentando mudar o modelo [de transmissão], não é só leilão”, argumenta o presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed.
Pelo acordo da TV fechada, Atlético e Coritiba receberam cada um R$ 40 milhões apenas para fechar contrato, montante chamado de “luvas’. Os números para os direitos de transmissão não são revelados.
As equipes se reuniram no início de fevereiro, em Curitiba, mas não chegaram a bater o martelo sobre valores. A divisão no modelo inglês (50% igual para todos, 25% por exposição e 25% variável por desempenho esportivo) é considerada ideal pelos dirigentes.
Segundo o vice-presidente do Coritiba, Alceni Guerra, um dos pontos da próxima reunião com o Esporte Interativo (ainda sem data definida) será a inclusão de um adiantamento da quantia a receber pelo novo acordo.
De qualquer forma, as equipes ainda esperam ouvir a proposta da Globo, que transmite os jogos no canal Premiere. “Temos de ouvir todo mundo. Tudo depende de negociação”, lembra Sallim.
“Com certeza queremos sentar com a Globo ou com quem eventualmente tem interesse e tenha capacidade de transmitir. É indiferente para a gente com quem fecharmos. Queremos garantias de qualidade de transmissão e exibição do produto na maior quantidade de operadoras possível”, diz o presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, que garante a intenção de continuar negociando em bloco.
“Atlético, Coritiba, Bahia e Santos têm um alinhamento, tivemos discussões entre a gente e vamos seguir nessa linha. Negociar junto nos fortalece”, ressalta o dirigente.